sábado, 22 de dezembro de 2007

" SIM, EU ESTOU COM DEPRESSAÕ E DAS BRABAS.........



...PORQUE JUSTAMENTE É FIM DE ANO E EU PRATICAMENTE NÃO FIZ NADA QUE PRESTE PRA EVOLUIR COMO SER HUMANO, FORA ENTRAR NUM CURSO ULTRA DESORGANIZADO DE CONTABILIDADE; MAS AI JÁ SÃO OUTROS 500 !!!!!!!!!!

ESTOU DEPRIMIDO PORQUE, TAMBÊM, NÃO ADIANTA TENTAR SER O MELHOR EM TUDO SE NADA DO QUE SE FAZ ESTÁ BOM O SUFICIENTE PRA ATINGIR O NIVEL DESEJADO DAS PESSOAS; E PORQUE TEM PESSOAS QUE ACHAM QUE EU TENHO OBRIGAÇÃO DE CUIDAR DE "PSEUDO- BIPOLARES " E NÃO NOTAM QUE EU ESTOU ENCLAUSURADO DENTRO DE UMA CASCA QUE É MINHA MENTE.............MAS NÃO IMPORTA, SE QUEREM QUE TUDOP MUDE, OK, VAI MUDAR; MAS MUDAR PRA PIOR E DO MEU MODO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

TO SEM ASSUNTO

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

" VOCÊ ACHA QUE É FACIL SER ZOMBIE...........























......... E AINDA ESTAR VIVO PRA CONTAR A HISTÓRIA??? NÃO É MOLE NÃO, AS VEZES PODE SER FLACIDO QUE NEM MIOLOS ESPALHADOS NA ESTRADA ! MAS ENFIM, VAMOS AO RELATO:


BEM, EU PASSEI A SEMANA TODA INQUIETO APÓS O OCORRIDO NO EVENTO DA SEMANA ANTERIOR, E ESTAVA INDECISO SE IRIA AINDA AO ZOMBIE WALK PORTO ALEGRE 2007, NÃO ESTAVA COM AQUELA EMOÇÃO TODA QUE DEVERIA SER PRÉ-REQUISITO BASICO PARA TAL AVENTURA. MAS CHEGANDO O SÁBADO, PARECE QUE MEU CORPO TODO CLAMAVA POR AQUELA DIVERSÃO GRATUITA, E MUNIDO DE MINHA INSEPARÁVEL CAMISETA DO MISFITS ( COMO VISTO NA SUPRA FOTO ), MAQUIEI-ME TOSCAMENTE E FUI VER NO QUE DAVA TUDO ISTO. JÁ NA ENTRADA DO COLETIVO URBANO OS IRREQUIETOS SERES HUMANOS FICARAM APREENSIVOS: " O QUE SERIA ESTA CRIATURA AI? COMO SERÁ QUE ELE FUGIU DO CEMITÉRIO?" MAS E VOCÊS ACHAM QUE EU ME ABALEI, PUTZ, ELES QUE " MORRAM ".............

BEM, CHEGANDO AO CENTRO DE PORTO ALEGRE DIRIGI-ME À CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA, DE ONDE PARTIRIA O CORTEJO FUNEBRE DE CORPO PRESENTE, E LÁ ENCONTREI UMA DAS FIGURAS QUE SERIA PEÇA CHAVE PARA O SUCESSO DA MISSÃO; " EVILBIEL"; QUE ESTAVA SEM CAMERAMAN E PREENCHI O POSTO COM ORGULHO. SAIMOS INSANAMENTE CAPTANDO DEPOIMENTOS PARA UM DOS MAIS EMBLEMÁTICOS VIDEOS DESTE EVENTO, PERGUNTANDO AO PESSOAL QUE ESTAVA CARACTERIZADO DE ZUMBI SE REALMENTE SABIAM O QUE QUERIOA DIZER ESTE JARGÃO, E NINGUEM SOUBE EXPLICAR QUE ZUMBI PROVÊM DO NOME QUE OS FEITICEIROS VUDUS DAVAM AOS CORPOS QUE ERAM REVIVIDOS PARA SERVIREM DE ESCRAVOPS ALEM TUMULO........BEM, A CAMINHADA TEVE INICIO E LOGO NA PRIMEIRA QUADRA UM ZUMBI CUSPIU SANGUE NA CAMERA, O QUE IMPOSSIBILITOU-NOS MOMENTANEAMENTE DE CAPTAR IMAGENS. MAS VCS ACHAM QUE EU ME ABALEI? NEM PERTO, CORRI COM O EVILBIEL ATÉ O SUBSOLO DO RUA DA PRAIA SHOPPING E LÁ NO BANHEIRO FIZEMOS UMA RAPIDA LIMPEZA DA LENTE E SEGUIMOS CORRENDO, POIS O SHOW DEVE CONTINUAR.
SUBINDO A CALDAS JUNIOR CAPTAMOS O DEPOIMENTO DE UMA " NOIVA-CADAVER", PEGAMOS A RIACHUELO E SUBIMOS ATÉ A PRAÇA DA MATRIZ, AONDE O SOLICITO "BLADE" ( CONHECIDISSIMO NOS EVENTOS DE ANIMES ) E PRESTATIVO COMO SEMPRE AO AUXILIO DE ALMAS DESESPERADAS, DIZIA DE CIMA DAS ESCADAS AO APERTAR AS MÃOS DOS ZUMBIS QUE SE ARRASTAVAM ESCADARIA ACIMA: " - BENVINDO À PORTO ALEGRE, BENVINDO À PORTO ALEGRE...."
SAINDO DALI, FOMOS DIRETO RUMO À DUQUE DE CAXIAS, NÃO SEM ANTES CAPTAR UMA IMAGEM ATERRORIZANTE, UM SAIMPLES HUMANO ( MANDELA ) , ESTIRADO PELA CALÇADA, BERRANDO À OLHOS VISTOS E COPBERTO DE SANGUE, DIZENDO :" - AHAUAHAHHHHHHHHHHHHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH, ZUMBIS MALDITOS, QUERIAM COMER MEU CÉREBRO................................AJHJAGAJGGKAJJSHJSANKNALNLSNNLSNLNALKLKAKAKAKAKKAKKKKKKKKKKKKAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.............................................................
E DAI EM DIANTE ELE BALBUCIOU PALAVRAS DESCONEXAS EM IDIOMAS À MUITO ESQUECIDOS PELO TEMPO E DE ERAS ANTE-DILUVIANAS...............
BOM, SEGUINDO PELA DUQUE DE CAXIAS, VIMOS OS MAIS DIVERSOS TIPOS DE POST-MORTENS, VISCERAS ESCORRENDO DAS BOCAS, SANGUE ESPARGINDO PELOS CÉUS, UM CAOS IMEDIATO E IRREVERSIVEL. SOBRE O VIADUTO DA BORGES DE MEDEIROS, A HORDA INSANA DESCEU A ESCADARIA, CAUSANDO REBULIÇO NOS NATIVOS DAS IMEDIAÇÕES, PINGANDO SANGUE, ASSOMBRANDO CRIANCINHAS INDEFESAS, INVADINDO FARMÁCIAS EM BUSCA DE BANDAGENS, HEMOGLOBINA ( É, EU ENBTREI NUMA FARMÁCIA E PEDIA HEMOGLOBINA ), ASSOMBRANDO COLETIVOS E LOTAÇÕES QUE TRANSITAVAM PELAS IMEDIAÇÕES................E ENFIM PRAÇA DOS AÇORIANOS, UMA PARADA DE NADA, EUM CARA PERGUNTANDO: " _ UMA MUSICA PARA MORRER???" NÃO TIVE DUVIDAS, BERREI À PLENOS PULMÕES " NYMPHETAMINE, NYMPHETAMINE GIIIIIRRRRRRRRLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL................
SEGUIMOS EM MARCHA LENTA PELA LOUREIRO DA SILVA, CHEGANDO AO LARGO DA EPATUR E ENTREVISTANDO ( POIS EU IA COM MEU CELULAR V360 TIRANDO FOTOS E COM A CAMERA DIGITAL DO EVILBIEL FILMANDO, ALTOS ROLOS E LANCES , MAS UM REPORTER ALEM-TUMULO TEM DE CAPTAR TODOS OS MOMENTOS DA REPORTAGEM ) UM ÔNIBUS DE ATARANTADOS TURISTAS ( MAL DIA PARA APORTAR EM PORTO ALEGRE ), PERGUNTANDO SE QUERIAM VIRAR ZUMBIS E CONVOCANDO UMA PÁRTE DA HORDA PARA MINISTRAR A TRANSFORMAÇÃO..................MAS SABE COMO É, ZUMBI TAMBÊM É GENTE ( OU UM DIA FOI ) E SENTE FOME, VISTO ISTO FOMOS NUMA LANCHONETE PEDRI " XIS DE CÉREBRO ", MAS TAVA EM FALTA...HUAHUAHUAHUAHUAHUA.........
SEGUINDO ARRASTADA MARCHA, ASSOMBRAMOS MAIS CRIANCINHA HISTÉRIACAS QUE QUASE MORRERAM BERRANDO À PLENOS PULMÕES NAS CALÇADAS ( A BIG NIGHTMARE BEFORE CHRISTMASS ) E INCVADIMOS ( ESTE É O TERMO CERTO ) A PRAÇA DA REDENÇAÕ, EM BUSCA DO MONUMENTO AO EXPEDICIONÁRIO E A FOTO COLETIVA DO EVENTO. SEMPRE CAPTANDO FOTOS E FILMANDO JUNTO AO EVILBIEL, ASSOMBRANDO O PESSOAL E CAUSANDO TERROR POR ONDE PASSAVAMOS.......................DALI SEGUIMOS EM DIREÇÃO À RUA GENERAL LIMA E SILVA, INVADIMOS O ZAFFARI LIMA E SIVA E DALI O CORTEJO SE DISPERSOU PELOS BARES E AVENIDAS ADJACENTES DA CAPITAL.
TOMEI O RUMO DE CASA, COM SENTIMENTO DE DEVER CUMPRIDO.
NA SEGUNDA-FEIRA COMEÇARAM OS LOUROS DO SERVIÇO Á SEREM COLHIDOS, COM VARIAS PESSOAS PEDIANDO QUE EU LHES ENVIASSE AS FOTOS QUE EU HAVIA TIRADO, COM O PESSOAL ELOGIANDO O TRABALHO DO BIEL EM ENTREVISTAR E O MEU EM FILMAR, O PÉSSOAL ELEOGIANDO À TODOS OS PARTICIPANTES PELA REPORTAGEM DO TELE DOMINGO ( MINI JORNAL NOTURNO, APRESENTADO APÓS O FANTASTICO, PELA REDE LOCAL RBS ), E EU ME SENTI AINDA MAIS NECESSÁRIO NO CENÁRIO UNDERGROUND DA CIDADE.......................
BEM, ESTE FOI O MEU RELATO SOBRE A ZOMBIE WALK PORTO ALEGRE 2007, E NADA DISTO TERIA SIDO POSSIVEL SEM A PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS ENVOLVIDOS NO EVENTO......ATÉ A PRÓXIMA..........BYYYYYYYYYEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
PS: AOS QUE QUEREM VER A REPORTAGEM DO TELE DOMINGO, EIS A 1ª PARTE http://www.youtube.com/watch?v=KVN2kX5qcec
A REPORTAGEM DO REPORTER ZUMBI E EU DE CAMERAMAN http://www.youtube.com/watch?v=ch3NFGxZHo4


sábado, 15 de dezembro de 2007

" A MINHA VISÃO DOS EVENTOS E DO MUNDO OTAKU ! "




BEM, SEI QUE FUI RELÁPSO EM NÃO TER APARECIDO AQUI ANTES E TER POSTADO ESTA MATÉRIA, MAS SEMPRE QUE EU TENTAVA ALGO DO G~ENERO EU NÃO CONSEGUIA TEMPO OU MEIOS INTELECTUAIS DE FAZER TAL OBRA; MAS AGORA, SÁBADO, 15/12/2007, DIA DA 2ª ZOMBIE WALK PORTO ALEGRE, ENCONTREI TEMPO HÁBIL PARA TAL FATO.
BEM, HAVIA IDO EU EM UM OUTRO EVENTO, O ANIMA WEEKEND, EM 13 E 14 DE 10 DE 2007, MAS ATÉ LÁ EU POUCO ENTENDIA DESTE MUNDO, OU PRATICAMENBTE NADA MESMO. JÁ NESTE O NEGÓCIO FOI BEM DIFERENTE, A COMEÇAR POR NO ANTERIOREU TER IDO DE CIDADÃO NORMAL, SÓ ALGUMA PINTURA MEIO MISFITS NOS OLHOS E CAMISETA DE BANDA; NESTE JÁ FUI COM O QUE COMEÇOU À SER MEU COSPLAY DE " CRIA DE FENRIR ", NO OUTRO EU FUI SEM ARMAS , NESTE EU JÁ FUI COM DUAS ESPADAS, NO OUTRO EU FUI PARA TIRAR FOTOS E NESTE EU ME INTEREI MAIS COM O EVENTO, PARTICIPANDO DE FOTOS COM OUTROS COSPALYERS.... EM SUMA O EVENTO FOI MUITO BOM, COM APRESENTAÇÕES DE COSPLAYERS, COM ANIMEKÊ, COM CONCURSO/ DESFILE DE COSPLAYERS, TORNEIO TRIBRUXO, ARENA DO TORNEIO TRIBRUXO ( QUE NO ULTIMO DIA FOI DESTRUIDA POR VANDALOS, DENTRE ELES UM AMIGO MEU " KURAI-OGRO-SAMA "), PALESTRAS E ESPAÇOS COM PRODUTORES DE ANIMÊS E ZINEMES...........PENA QUE A ORGANIZAÇÃO ESTAVA UMA PORCARIA, FALTARAM VARIOS RECURSOS INDISPENSÁVEIS AO PUBLICO ( EM RELAÇÃO AO ANIMA WEEKEND ), MASA ESPEREMOS ATÉ ABRIL/MAIO PARA O ANIME EXTREME..................AOS QUE ACHARAM INTERESSANTE E QUEREM VISUALIZAR O EVENTO, RECOMENDO ESTES LINKS:
POR HORA ERA ISTO;;;;;;;;;

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

" CERTOS SENTIMENTOS SÃO GUARDADOS NO CORAÇÃO............


...OUTROS NÃO, VÃO PArA O PAPEL E TORNAM-SE AMARELADOS E CORROMPIDOS PELO TEMPO!!!!!!!!!!!!!!!
CERTAS DÁDIVAS SÃO COMO O ORVALHO MATUTINO, QUE REJUVENESCE A MANHÃ DE UM NOVO DIA, JÁ OUTROS SÃO COMO A LUZ QUE ESVAI-SE AO CHEGAR DAS TREVAS, SEM SINAIS DE SEU RETORONO!!!!!!!!!!!!!!
E É ASIMQUE EU ME SINTO, UMA FOLHA DE PAPEL CHEIA DE ORVALHO QUEIMANDO EM UM MAR DE TREVAS, SEM SAIDAS E SEM ESPERANÇAS, CERCADO DE COISAS E ACONTECIMENTOS SEM VALOR E SEM SENTIDO!!!!!!!!!!!!!
DEVERAS DEVERÁ SER POPR CAUSA DE TANTAS NEUROSES? OU SERÁ POR CAUSA DE CERTAS PESSOAS QUE ACHAM QUE SE ACHAM MUITO E NO FIM SÃO NADA??????????? ACREDITO NESTA SEGUNDA HIPÓTESE, POIS TEM GENTE AI SE ACHANDO GRANDES COISAS QUANDO NÃO TEM CAPACIDADE NEM DE OLÇHAR PARA SEU PRÓPRIO " FOCINHO " E RESOLVEM METER O PITACO AONDE NÃO DEVEM.......................E DEIXO AQUI ESTE MEU SENTIMENTO DE GRANDE VAZIO............
A lua e eu...
Sábado, 01 de Dezembro de 2007
Autora:Charlyane Mirielle
Leiam...
A lua e eu
Voem nesta linda inspiração...
Com sua doce claridade
Charlyane
Diz que a saudade é brisa fria e persistente que entra pelas frestas deste silêncio.
Mágicas palavras que encantam a'lma.
Lua menina, faça as pazes comigo, seja solidária!
Além do encantamento, entregue também um beijo meu
embebido no mais puro amor e eternizado neste poema...
Leia a poesia "A lua e eu..."
Um lágrima um sorriso!
Quinta, 15 de Novembro de 2007
Convido todos para ler
[Um lágrima um sorriso! de Rita Maria Medeiros de Almeida]
Que conta em versos o que faz a mistura da dor da saudade com o sorrizo das lembranças...
prestigiem essa poetisa que encanta com seus versos.
"Como podes chorar e sorrir
Ao mesmo tempo?
A lágrima corre dos olhos
O sorriso nasce nos lábios
A saudade fica no coração!"
Palavras soltas
Por entre a copa das árvores da minha rua,
O vento sopra, não deixando uma folha.
É um dia de Outono,
Não menos rigoroso que tantos outros.
Os pássaros recolhem-se nos beirais.
Outros que nas árvores ficaram, regelam.
O céu começa a escurecer.
As nuvens carregadas não deixam dúvidas,
Uma tempestade se aproxima.
Outra tempestade invade o meu peito,
Antevendo eu,
Que a tormenta vai ser grande!
Meu Deus, mas porquê?
Porquê um castigo tão grande?
Foi a vontade divina!
O sofrimento é sempre vontade divina.
Não consigo enxergar o que te levou a torturar-me!
Como vou enxugar estas lágrimas minhas?
Tenho sido assim tão má pessoa?
O mar sim!
Esse por vezes é mau!
Mas nós gostamos dele!
Porquê!
Porque ele nos afaga, e nos abraça!
Mas porquê essa indiferença?
Eu também te afago e te abraço!
Meu amor não te esqueças,
Depois da paixão esvair-se,
Só uma coisa nos resta…A lembrança!

Carlos Jorge Gomes Candan
Publicado no Recanto das Letras em 04/12/2007Código do texto: T764891
BEM, RESOLVI COLOCAR ESTES POEMAS A TITULO DE COLOCAR ALGO, MAS VIERAM BEM À CALHAR PARA TAL MOMENTO!!!!!!!!!!!!! ATÉ.

sábado, 1 de dezembro de 2007

" UM DIA A MAIS NA VIDA DE TODOS!!"


UM DIA AIS NA VIDA DE TODOS, E MENOS UM NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE. O DESESPERO, A IRA CONSTANTE E A CATALISAÇÃO DO ÓDIO MOSTRAM-SE CONSTANTES; ORA POR ESTAR COMO SE ESTÁ, ORA POR SER AINDA QUEM SE É !!!!!!!
OLHANDO Á NOSSA VOLTA VEMOS APENAS AQUILO QUE PODEMOS REALMENTE VER OU O QUE NÓS SINCERAMENTE QUEREMOS VISUALISAR ( ..OU NÃO..)...............................CONSTANTEMENTE EU AINDA ME QUESTIONO SE ISTO TUDO É REALMENTE NECESSÁRIO OU SE É APENAS MAIS ALGUM ARTIFICIO DESMEDIDO DO QUE A NOSSA PODRE SOCIEDADE NOS IMPÕE DIARIMENTE; INQUIRO-ME SE CERTAMENTE O QUE EU SEM DUVIDAS QUERO É ISTO MESMO OU SE ISTO FOI O QUE SOBROU DE MINHAS ESCOLHAS PASSADAS....................................................E MESMO COM TUDO ISTO AINDA SINTO AQUELES SINTOMAS TODOS DE ANTIGAMENTE.........................BEM, VOU AQUI COLOCAR UM TEXTO COMO À MUITO TEMPO EU NÃO POSTO:

Ninjutsu - 01
pagina 01 / pagina 02 / pagina 03 / pagina 04 /
Era dourada do ninjutsu:
No fim do período Heian, em 1185, o enfraquecimento do governo central japonês foi tal que gerou constantes conflitos entre senhores feudais e líderes religiosos disputando o poder e criando o perfeito cenário para o uso de espiões e assassinos para eliminar adversários políticos. Assim raiou uma era de convulsão política chamada Período Kamakura (1192-133), também conhecida como a era dourada do ninjutsu. A ditadura militar chamada “Shogunato” nasceu durante este período, sendo o imperador mera figura decorativa para o país. Junto com o Shogunato, o guerreiro samurai ascendeu ao poder assim como sua religião, o Zen Budismo que fixou o alicerce da cultura samurai. Contudo os samurais e os ninjas estavam em extremos opostos da balança, pois a utilização de agentes ninjas com seus talentos especiais, bem conhecidas por alguns daimyo (senhores feudais) parecia ser a solução ideal para estes se livrarem de seus oponentes. Governando suas áreas e fazendo suas próprias leis, os senhores feudais deixavam seus postos para irem à guerra, deixando seus fiéis samurais assegurando o cumprimento de suas ordens. Devido à demanda de informações sobre movimentos de tropas, o uso de espiões ninjas tornou-se lugar comum, pois suas táticas resultavam na informação certa ao ouvido certo.Logo os senhores feudais descobriram que um ou dois agentes ninjas além de barato colhiam mais informações do que um exército inteiro de samurais. Sob a proteção da escuridão ou disfarçados de sacerdotes, eles moviam-se livremente pelas fortalezas do inimigo reunindo informações sobre tudo. Num curto espaço de tempo, os ninias se tornaram essenciais para o serviço de inteligência e logo progrediram para o assassinato.
Nascimento do Guerreiro das Sombras:
Vários generais imaginavam que se um agente ninja penetrasse fundo nas linhas inimigas, tendo acesso ao acampamento ou castelo, e matasse em silêncio o comandante do exército, deixando aquele adversário sem líder, ele seria vencido sem jamais confrontar-se num campo de batalha e resultaria em grande economia tanto financeira como em vidas humanas. Assim nasceu o assassino da noite ninja, o guerreiro das sombras. Na era dourada do ninjutsu, os clãs ninjas floresceram em cerca de 70 escolas de setores (ryu), cujas principais fortalezas centravam-se na área das províncias de Iga e Koga. Conhecidos como shinobi, cada clã praticava uma especialidade de espionagem e uso de certo armamento que eles mantinham em segredo e transmitiam através de gerações só aos membros de sua própria família. Por exemplo, o koppojutsu, uma técnica de quebrar ossos era a favorita do clã Koto. A família Fudo desenvolveu um implemento de arremesso em forma de estrela chamado shuriken. A espionagem em escala elaborada era a marca do clã Kusonoki e o grande clã Togakure adotou a shuko e tetsubishi (garras de escalar e apoio de escalar para os pés). Em Iga, as duas maiores famílias, Hattori e Oe governavam conjunta- mente, enquanto em Koga governavam os clãs Mochizuki, Ukai e Nakai. Pelo século XIV, tendo crescido em grande número, tornaram-se grandes adversários do governo, O próprio nome ninja começou a por medo nos corações da aristocracia, pois eles surgiam em massa e assassinavam o daimyo que estivesse contra eles derrotando seus exércitos com facilidade. A disputa pelo poder entre famílias de nobres e samurais no governo da família Ashikaga, levou o Japão a uma inevitável guerra civil em 1500. Os próximos cem anos viram os clãs ninjas infiltrarem-se em todas as áreas econômicas e do governo.
Medo na Alma:
O maior temor de Nobunaga era dos clãs ninjas. A lenda conta que quando jovem numa caçada pela remota região de Iga, a terra central dos ninjas, seu cavalo o atirou ao chão. Na assustadora quietude da floresta envolta em neblina, ele sentiu um medo que se enraizou bem no íntimo de sua alma. Naquele instante, ele sentiu-se totalmente desprotegido e à mercê dos mitos e fábulas dos temidos guerreiros sem rosto da noite que pareciam bem visíveis sem haver ninguém por perto. Montando novamente, ele partiu em disparada levando consigo este medo fantasmagórico. Anos mais tarde, ainda perturba do por esta experiência, Nobunaga chamou seu filho para liderar um exército em Iga e eliminar os clãs ninjas. Em 1579, sob sua liderança, um vasto exército de samurais atacou os ninjas que devido às suas inteligentes táticas estratégicas e manobras de guerrilha, causaram enormes perdas às forças de Katsuyori, pois embora em número inferior, suas habilidades da arte guerreira derrotaram as forças invasoras que bateram em retirada.


Brasil,

Ninjutsu - 02
pagina 01 / pagina 02 / pagina 03 / pagina 04 /
Matança dos ninja:
Em 1581, Nobunaga comandou pessoalmente um exército de 46.000 homens, num esforço final para eliminar de uma vez por todas os temidos assassinos negros. Saturando o interior de Iga de samurais, os exércitos de Nobunaga que incluía até hábeis mosqueteiros, superou clãs ninjas de dez para um e desta vez foram vitoriosos. As ordens de Nobunaga eram matar a todos e as perdas de homens, mulheres e crianças foram deprimentes. Refugiando-se no interior das montanhas, os poucos remanescentes se reuniram e se iniciou o lento processo de treinamento de novos guerreiros nas habilidades ninjas; mas o apogeu dos outrora poderosos ninjas chegou ao fim. Após o assassinato de Nobunaga, atribuído a um grupo isolado de ninjas em retaliação pela matança de suas famílias, dois generais disputavam a liderança. Hideyoshi Toyotomi, o favorito de Nobunaga assumiu o poder e um dos seus primeiros decretos foi a proibição aos camponeses de possuir ou portar armas. Ao contrário de Nobunaga, Hideyoshi começou uma campanha de perseguição aos cristãos e os massacrou aos milhares, pois ele via a interferência e influência estrangeiras (mais do ocidente) como contraproducente ao seu objetivo de unificação do Japão.
Retribuindo um favor vital:
Enquanto isto, o segundo general favorito de Nobunaga, Tokugawa e Ieyasu, fora designado para um castelo no leste do país. Tendo que viajar pelas traiçoeiras passagens montanhosas de lga, para chegar ao seu posto, numa mudança estratégica, ele abordou Hanzo Hattori para guia e proteção em troca de futuros favores. Hattori concordou pois via nisto a chance de ganhar poder. Então enviou ordens aos ninjas de Iga e Koga para não molestar a caravana de leyasu, pois ele mesmo a conduziria. Assim, Ieyasu teve passagem segura. Um ano mais tarde, Hideyoshi percebeu que com o massacre dos cristãos ele tinha criado quase uma casta militar no país, causando a ascensão ao poder dos samurais. A proibição de porte e posse de armas tinha causado revoltas, tornando a cobrança de impostos muito difícil e interferiu nos planos de expansão do grande general que morreu em 1598. Seu sucessor, Tokugawa Ieyasu, para sufocar as rebeliões e submeter os daimyos, precisava de uma vasta rede de espionagem, para informá-lo do que ocorria no país. Os ninjas de Iga começaram uma enorme operação, infiltrando-se nos castelos e fortes, reportando notícias a Ieyasu sobre nobres dissidentes. Ao receber a retribuição ao favor feito a Hideyoshi, Hanzo Hattori foi elevado aos mais altos escalões do poder no governo.
Paz e a perda do poder ninja:
Usando os agentes ninjas com eficiência, Ieyasu reduziu a insurreição a zero. Durante este período, os guerreiros da sombra espionavam e realizavam assassinatos contra senhores feudais rebeldes. Em 1603, Ieyasu tornou-se shogun em Edo e uma série de decretos tiveram dramáticos efeitos sobre o Japão, levando ironicamente à morte dos ninjas como força poderosa. Conhecido na história como Shogunato Tokugawa, neste período, Ieyasu bloqueou o comércio anterior com o ocidente e fechou o país aos estrangeiros. A não ser um pequeno posto de comércio em Nagasaki que operava com os holandeses, todos os portos foram fechados. Com a divisão do país em 250 feudos, por ordem de Ieyasu, cada um era governa do por um senhor supremo que devia passar um mês por ano na Capital em Edo, para reduzir a chance de conspiração. Isolado do mundo, nos próximos 260 anos, pela primeira vez em séculos, a ordem civil foi restaurada e a unificação do país restabeleceu a paz. Infelizmente para os ninjas, esta paz selou seu fim como força dominadora. Permanecendo como shogun para proteger o shogunato, Hanzo Hattori organizou seus ninjas num sistema de policia secreta e espionagem para informar Tokugawa sobre dissidentes e agitadores políticos antes de se tornarem uma ameaça. Mas com a paz, os mortais ninjas temidos durante quase dez séculos pelo Japão, tornaram-se pouco mais que jardineiros e guardas de segurança e suas habilidades declinaram junto com sua arte. Muitos ninjas integraram-se à comunidade exercendo funções conforme suas habilidades, outros dedicaram-se à agricultura, renunciando às suas habilidades guerreiras. Os poucos ninjas não integrados à vida civil vagavam pelas altas montanhas perseguindo práticas religiosas. Conseqüentemente, as organizações ninjas se desfizeram – ou assim pensavam muitas pessoas. Alguns pequenos grupos foram para a clandestinidade para praticar suas habilidades, passando a cada geração os modos e métodos do NINJUTSU...

Ninjutsu - 03
pagina 01 / pagina 02 / pagina 03 / pagina 04 /
Treinamento:
Em termos históricos, o shinobi ou guerreiro Ninja herdava sua profissão ao nascer. O jovem ninja começava sua aprendizagem nas artes de operações secretas e destruição quase desde o berço. Desde tenra infância, as crianças das famílias ninja eram condicionadas a ficarem constantemente alertas para tudo em redor delas, sendo as leis da natureza suas companheiras permanentes. Por estarem sintonizadas com os eventos, e fenômenos naturais uma grande compreensão dos elementos podia ser desenvolvida. Este conhecimento podia então ser posto em prática para efetuar, quer uma tática de fuga ou evasão, ou uma arma psicológica contra um simples eclipse solar, como alguma forma de estar atento ao mal dos kami (deuses).
Desde jovem:
Por volta dos cinco anos de idade, os jogos das crianças ninjas eram canalizados em torno de sérios exercícios de treinamento. As habilidades de uma criança eram cuidadosamente observadas e então testadas para ver se elas tinham quaisquer dons inatos ou traços especiais. Aquelas com talento eram educados para afiar suas habilidades inatas a proporções quase épicas, semelhante aos atletas soviéticos que são levados numa tenra idade a rigorosos treinamentos durante anos para atingir o ápice de desempenhos olímpicos. Todos os jogos da infância ninja acentuavam pontos de treinamento sutis que embora não evidentes de imediato, provariam ser mais importantes numa época posterior de suas vidas. Jogos que encorajavam equilíbrio e agilidade estavam no topo da lista. Correr subindo em rampas inclinadas e saltar sobre arbustos baixos, ou dependurar-se em galhos de árvores pelos braços durante horas a fio, ensinava-os o sentimento da dor e ao mesmo tempo como manter um forte sentido de auto-disciplina ao não se soltarem. Nos acampamentos ninjas que se assemelhavam a pequenas aldeias, experts ficavam à mão em toda habilidade concebível para ensinar e treinar crianças ninjas. Estes instrutores teriam sido provavelmente guerreiros de campo que numa época ou outra tinham se ferido ou sidos mutilados durante uma missão e, contudo sobreviveram. Todas as manhãs e à noite, os músculos jovens das crianças embora ainda apenas cartilagens eram treinados pelos experts com massagens para manter seus ossos e articulações flexíveis. Isto era feito para que na vida mais tarde, fora do campo numa missão, caso fossem capturados e amarra dos, um simples deslocamento do membro agiria numa liberação imediata e fuga para a liberdade. A massagem nos países do oriente, especialmente no Japão tem geralmente sido de domínio das mulheres. Assim, é mais do que provável que as mulheres ninjas, conhecidas como kunoichi fossem as que realizavam esta tarefa.
Liberdade para treinar:
Há cada ano na vida de uma criança ninja alguma outra habilidade era acrescentada ao seu repertório já grandemente expandido de técnicas. E difícil para nós no ocidente concebermos o contínuo programa de treinamento de um ninja através dos séculos. De manhã, ao meio-dia e também noite à dentro, as crianças ninjas treinavam num esforço de chegar tão próximo da máxima perfeição quanto possível. Para tentarmos entender o pensamento por trás deste intensivo regime de treinamento, nós devemos lembrar-nos dos tempos em que os ninjas viveram. O Japão feudal estava oprimido e o Governo ditava tudo. A não ser os de nascimento nobre, o japonês comum só podia esperar uma existência com trabalhos pesados e austeridade. A vida era barata e a mais leve afronta a qualquer um de condição mais elevada em que você nasceu podia significar a morte instantânea. Examinando nestes termos, talvez a vida do ninja não fosse tão ruim como a de seus oponentes, os fazendeiros que trabalhavam nos campos de sol a sol. Pelo menos o ninja tinha a liberdade das florestas e montanhas, com toda a segurança de pertencer a uma unidade familiar.Um exercício clássico de treina mento para crianças ninjas, visava o desenvolvimento de sua energia e que produzia a habilidade de correr rapidamente, era a viagem veloz. Isto envolvia o uso de um chapéu de palha que era colocado no peito da criança quando o jovem ninja começava a correr. Se ele pudesse manter o chapéu pressionado firmemente contra seu peito pela força do vento apenas, através da corrida muito rápida, então isto era satisfatório para seus professores para avançar o jovem ninja a um nível mais elevado de treinamento.O agente ninja tinha que ser um corredor superior, não apenas para iludir perseguidores, mas também para levar importantes relatórios de inteligência que eles tinham reunido, aos seus superiores. Deve-se destacar que no Japão feudal, os cavalos não estavam livremente disponíveis; apenas os nobres e militares de graduação elevada eram vistos a cavalo. Um cavaleiro montado além dos outros dois tipos mencionados provavelmente atrairia a atenção sobre si e isto é a última coisa que um agente ninja queria fazer. Pernas boas e fortes e energia ilimitada dariam ao agente de campo finja uma saída eficiente em retirada. Diz-se que um ninja podia correr mais de 50 milhas sem parar num dia. Isto pode parecer uma façanha espantosa, mas tenha em mente que é apenas duas vezes a distância de uma maratona moderna e muitas pessoas não acham dificuldade nisto. Acrescente ainda a isto o fato de que se os ninjas treinavam durante cerca de 18 anos para realizar suas muitas façanhas e seus feitos a 50 milhas por dia, não parece desanimador demais ou inacreditável.
pagina 01 / pagina 02 / pagina 03 / pagina 04 /

Ninjutsu - 04
pagina 01 / pagina 02 / pagina 03 / pagina 04 /
Ninjutsu - O guerreiro:
O condicionamento e treinamento constantes do corpo levaram o guerreiro ninja ao apogeu de forma física e resistência e é fácil entender porque o simples pessoal do campo pensava que estes guerreiros da sombra fossem quase super homens. Treinamento diário constante sem descanso, dieta suspensa e cuidadosamente monitorada, treinamento expert em habilidades de combate armado e desarmado, residindo na segurança de uma unidade familiar durante seus anos formativos e vivendo continuamente para ser um com os elementos próximos à natureza, eram os ingredientes para produzir uma raça de super homens. As habilidades e poderes finalmente aguçados do ninja, o capacitava para se esgueirar através de aberturas quase impossíveis, suter sua respiração por longo períodos sob a água, nadar vastas distâncias a alta velocidade e mergulhar de grandes alturas de topos de rochedos. Lagos na montanha eram onde os jovens estudantes ninja aprendiam todos os truques necessários para conseguirem entrar num castelo a fim de realizar suas missões. Eles eram treinados para mover-se através da água silenciosamente com escasso ruído à vista. Os jovens ninjas também praticavam combate com e sem armas na água. As técnicas de fuga na água tornaram-se apenas uma outra especialidade no arsenal de habilidades adquiridas pelos ninjas. Um ninja sabia exatamente a que profundidade ele devia nadar embaixo d’água para evitar as setas de seus perseguidores e em anos mais tarde as balas dos mosquetes de infantaria. Respiração e controle de respiração, que os ninjas tinham aprendido desde a infância, eram provavelmente baseadas nos sistemas de yoga hindus. Parece provável que os métodos vieram para o Japão via China, trazidos pelos místicos taoistas que passaram toda a sua vida experimentando elaboradas técnicas respiratórias em busca da imortalidade. Para um ninja, a habilidade de suprimir a sua capacidade de respirar era útil de muitas maneiras. Por exemplo, quando um ninja se escondia, especialmente perto de uma posição ocupa da pelo inimigo, o mais leve som, se detectado, bem podia ser o último. Se os cães dos soldados estivessem perto até inspirar e expirar o ar podiam ser fatais. Muitas estórias abundam no folclore japonês sobre como os ninjas escapavam usando o seu método de respiração leve para fingir-se de morto. Alguns ninjas até reduziam sua respiração entrando num transe hipnótico do tipo yoga.
Vigilância e a sobrevivência :
Através de todo o treinamento ninja, um constante que permanecia predominante era a necessidade de ganhar “afiação”. Pois tendo sempre um grande conhecimento do inimigo e suas capacidades, o ninja podia re tornar ao seu treinamento e manejar cada situação com uma série de procedimento e ação. O ninja de campo vivia de seus talentos e estava constantemente alerta dentro de seu meio-ambiente. Conseqüentemente, todos os acontecimentos diários que a maioria das pessoas apenas consideravam reais podiam significar uma terrível parcela para o astuto agente ninja. Ao ser treinado para reconhecer uma miríade de sons diferentes sem realmente jamais ver a pessoa ou objeto que produzia o som, o ninja podia detectar perigo iminente. Sendo capaz de distinguir qualquer som que ele ouvisse, tais como uma porta sendo aberta ou fechada ou passos ouvidos à distância, podia julgar não só em que direção ele estava indo, mas também que tipo de pessoa ele teria que enfrentar. O chiado do couro contra o bambu, embora ouvido suavemente, podia talvez indicar que um samurai estava se aproximando e este som de cintos de couro em sua armadura pressionando contra a placa do peito do samurai prepararia o ninja para o ataque de surpresa. A medida que uma criança ninja alcançava seus anos formativos, ele seria capaz de entrar num quarto cheio de pessoas adormecidas e instantaneamente saber, ao ouvi-los respirar, quantos corpos estavam no aposento. Para o ouvido treinado a respiração rítmica reveladora das pessoas adormecidas também capacitava o ninja para distinguir um sono leve ou pesado, em como um sono falso de um genuíno. E ficando alerta até para os mínimos detalhes que o ninja era capaz de se esgueirar silenciosa e invisivelmente nos castelos e fortalezas mais fortificados e realizar com sucesso sua missão sem ser percebido. Entre as muitas habilidades no treinamento ninja, nenhum era mais importante do que o da ação. Pois, como todos os espiões, toda sua segurança dependia de quão bem ele podia assumir o disfarce particular que estava adotando em sua busca de espionagem, quer como um sacerdote, um comerciante ou mesmo um ronin (samurai sem mestre). No Japão feudal, o movimento era muito restrito e os samurais em guarda e guardas de fronteira ficavam estacionados em toda a parte. Era uma época de suspeita e insurreição e os senhores locais viviam em constante temor de exércitos invasores de outras áreas tentando depô-los e tirar suas terras. Se um viajante não tivesse uma razão legal para estar numa área, ele era ou morto ou feito prisioneiro. Era neste tipo de atmosfera que o agente ninja tinha que tentar exercer seu negócio. Assim mera mente vestir-se e parecer-se com um sacerdote ou comerciante não era suficiente. Eles tinham que ser completamente proficientes nos maneirismos e atitudes das pessoas cuja forma eles tinham adotado. Um budista andarilho ou um sacerdote shinto era geralmente bem-vindo em todas as cortes e castelos. Assim um ninja nesta aparência teria que ser expert em cerimônias religiosas e ritos a fim de representar seu disfarce com sucesso. Para muitas pessoas o tempo envolvido em aprender as habilidades de ninjutsu parece extraordinariamente longo, mas quando se considera que as cento e uma coisas que eles tinham que dominar, pois salvariam suas vidas no futuro em muitas ocasiões, então o tempo se torna irrelevante. A constante atualização das técnicas era implementada com novas idéias e recentes inovações técnicas eram descobertas. Esta atualização incluía mudanças tanto em armamento, quanto a arte da guerra e também em melhoramentos.
Técnicas Ninja
TÉCNICAS NINJA - Clique aqui! ESCRITA SECRETA NINJA - Clique aqui!
pagina 01 / pagina 02 / pagina 03 / pagina 04 /
Seminário de Ninjutsu: Seminário Internacional Bujinkan Brasil Shihan Lubos Pokorny (República Tcheca)15º Dan Kugyo Happo Hiken MenkyoDias:13 e 14 de Outubro Veja mais detalhes...
Livro: NinjutsuArte da Guerra das SombrasVeja mais detalhes...
Veja no site:
Ninjutsu
Armas Ninja
Kunoichi
Instrutores
Dojos
Histórias
Provérbios
Destaques
Kanji
Wallpapers
Importante
Cumprimento
Fale Conosco
Home
BEM, FUI NESTA, ATÉ QUALQUER DIA DESTES...........................

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

" É, AS VEZES SÃO AS VEZES!"


NÃO TENHO MUITO A RELATAR AQUI, POIS ATÉ ISTO ANDA MEIO ESQUECIDO EM MINHA VIDA, MAS SEI LÁ, MUITA TURBULENCIA CAUSA MAIS TURBULENCIA AINDA!!!!!!!!!!
PENSEMOS QUE AS VEZES NEM É E O QUE É NEM FOI,,,,,,,,,,,,,,FUI!!!!!!!!!!!

domingo, 21 de outubro de 2007

" MUITO TEMPO SE PASSOU; MAS EU VOLTEI!!!!!!!!!!!"


foto do anima weekend, dia 13.120.2007




BEM, PASSEI TODO ESTE TEMPO MEIO QUE TOTALMENTE SUMIDO.................NÃO PAGAMENTO DA BANDA LARGA E TAL....MAS APROVEITEI O FINDI PASSADO PRA IR 2 DIAS NUM ANIME WEEKEND....ATÉ MAIS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 9 de setembro de 2007

" POR MAIS Q SE FAÇA NUNCA ESTÁ BOM O SUFICIENTE !"


Oh Mary wasn't happy with the life that she led She was a simple girl without much to say So one day she just upped and left her dreary home And she left all her friends behind to wander all alone And at first she was afraid, she was so far away From her home but slowly she got to like it anyway Oh Mary won't you please come... Well in time she found that The mountain that she had been taught Her whole life, that she must avoid And though at first it hurt, and no one could comfort her She finally came to appreciate it And she like it, she like it - oh wasn't she surprised And though still alone, she grew so much inside Oh Mary won't you please come... And after a time, she became so sublime She could look in peoples eyes and read their minds Though her hands would sometimes bleed and occasionally She would long for her past and the memories they bring She decided to return to her old home town And her heart was burning with all the things she found Oh Mary won't you please come... So, Mary came back and at first no one recognized her face And her friends were all a little bit afraid When they heard what she had to say They all slowly backed away And her family took her aside and put their arms around her They said Mary won't you please come back to us now There is still time to repent for all your sins And Mary started to cry when she realized That she'd never come home again in her life Oh Mary won't you please come Mary won't you please come home...

É, EU SEI, ESTOU INDIGNADO; PELOS ULTRA-CHACAIS DO INFERNO ARKHADJI !!!!!!", EU TENTO SEMPRE FAZER O MELHOR E O QUE PARECE MERAMENTE SUFICIENTE MOSTRA-SE NADA A VER!!!!!!!!!!!!!

E POR CAUSA DISTO EU COLOQUEI AQUELA LETRA DO OINGO BOINGO PRA MOSTRAR O QUE REGURGITA EM MIM, NINGUEM PODE JULGAR NINGUEM, MAS CERTAS PESSOAS, QUANDO SÃO ACONSELHADAS NÃO OM DEVERIAM SER, E SIM DEIXAR QUE SE FODAM.......FICA AQUI MEU RECADO!!!!!!!!!!!!!! ATÉ

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

" A VIDA NOS MOSTRA QUE PARADOS NÃO VAMOS A LUGAR NENHUM!!"


BEM, AS AULAS VÃO DE VENTO EM POPA, APRENDENDO MUITO E ESTUDANDO MAIS AINDA; MAS ESTA SEMANA EU PASSEI MAIS ENVOLVIDO MESMO FOI COM O NOVO SERVIÇO, ASSISTENCIA TECNICA DE MAQUINAS E TAL..........MAS BEM LEGAL..PASSEI MAIS MESMO PRA ATUALIZAR ESTE BLOG QUE ESTAVA ATIRADO AS TRAÇAS, EDIVULGAR ALGUMAS TENDENCIAS PROMIOSSORAS DE MINHA NOVA SITUAÇÃO, POIS TEM VEZES QUE NÃO QUEREMOS NEM TRAMPAR OU SEQUER PERDER TEMPO TRANCADOS EM UMA SALA DE AULA, MAS AO TRANSCORRER DO TEMPO VEMOS AS REFLEXÕES DE NOSSA VIA ESTAMPADAS DIANTE DE NOSSA FACE SENTIMOS QUE PERDEMOS ALGUM TEMPO PROVEITOSO EM BESTEIRAS..........É ISTO O QUE EU SINTO AO REFLETIR MINHA VIDA DOS 17 AOSD 31 ANOS.................A BAGUNÇA QUE É AQUELE COLÉGIO VCS NEM TEM IDÉIA,MAS FAZER O QUE NÉ, TENHO DE ME FORMAR, ALEWM DO QUE MEU SERVIÇO DEPENDE QUE EU ME FORME E TAL............BEM AGORA EU SEI QUE ERA ISTO PRA HJ, E ESTAS MOÇAS FAZEM PARTE DE MEU CAST PRA PODER VENCER, POIS SOZINHOS NÃO VAMOS A LUGAR ALGUM, E NOS AJUDANDO NAS AULAS PROGREDIMOS..........ATÉ!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

" EU VOLTEI,MAS E A VIDA; NO CURSO DE CONTABILIDADE!!"


BEM, A VIDA É POR ESTES LADOS MESMO, TEMOS DE NOSPROFISSIONALIZAR PARA PODERMOS CONCORRER SELVAGEMENTE AO MERCADO DE TRABALHO QUE ACHA-SE EXTREMAMENTE INCHADO. MAS ACREDITO QUE EU TENDO ESTE CURSO EU POSSA CONCORRER PARELHO COM VARIAS PESSOAS PELAS VAGAS EXIGIDAS, ALEM DO QUE EU TENHO GRANDE FACILIDADE DE ENTRAR EM EMPRESAS E TAL..................MAS A AVACALHAÇÃO NA AULA É TOTASL, VARIAS PESSOAS QUE LÁ SE ENCONTARM É APENAS PRA ZOAR NA AULA...............PIOR PRA ELES, EU PELO MENOS ESTOU EMPENHADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
BEM, VOU NESTA, POIS A VIDA CONTINUA E EU APARECI AQUI APENAS PRA DIGITAR UM POUCO..........ABRAÇOS
PS: VEJAMOS ARQUIVOS POSTADOS ANTERIORMENTE E VEJAM LIVROS E OS LEAIM LÁ!!!!!!!!!!!!!!!!


quarta-feira, 15 de agosto de 2007

" ANTES QUE A NOITE TERMINE EM DESEPERO!!!! "



É, EU SEI, ESTOU BEM RELAPSO QUANTO AO ESPAÇO BLOGUISTICO QUE EU TENHO DE MANUTENIR, NÃO COLOCAREI AS CULPAS NO CURSO TECNICO DE CONTABILIDADE; MAS SEI LÁ, A VIDA É COMPLICADA E EU ANDO MEIO SEM RESPOSTAS PARA VARIAS VISCISSITUDES DELA! ME PEGO, AS VEZES, VENDO FILMES ROMÂNTICOS, OUVINDO SONS DA MINHA ÉPOCA DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA E TENTANDO ACHAR UM SENTIDO MAGNO EM TUDO ISTO E NESTA GRANDE PROCURA MINHA PELO QUE EU ACHO QUE DEIXEI AO PASSADO E ABANDONADO EM MINHAS MEMÓRIAS. ONTEM ( OU HOJE, TANTO FAZ ) ERAM 3:00 DA MANHÃ E EU ESTAVA NO TELECINE PIPOCA ( 64 DA NET ) VENDO UM FILME COM JENNIFER LOVE HEWITT ( ADORO ESTA ATRIZ ) E SENTINDO UM VAZIO EM MEU INTERIOR, FILEM ESTE DENOMINADO " ANTES QUE TERMINE O DIA ",E ATÉ LÁGRIMAS COAGULARAM EM MEUS OLHOS.....................SERI LÁ, BONNIE TYLER NO SOM, TERENCE TREND D'ARBY; MUITAS COISAS QUE PASSAM NA MENTE E NÃOPODEMOS COLOCAR APROPRIADAMENTE PARA FORA EM NOSSOS MOMENTOS À SÓS!!!!!!!!!!!!!!!! VENHO CULTIVANDO SENTIMENTOS NOSTALGICOS E BLÁ-BLÁ-BLÁS DE ANTANHO SEM NEM SABER O PORQUE DISTO TUDOQUE SE ACUMULOU EM MIM; MAS SABEM, ISTO É ATÉ BOM POR UNS LADOS, SÓ ASSIM EU ESTOU ME DESVENCILHANDO DE CERTAS AGRURAS EM MEU SER, DE CERTOS DESASTRES PSICOLÓGICOS, DE CERTAS MANIAS DE RESTRIÇÕES CULTURAIS E TAL................MAS ERA , EU ACREDITO, ISTO O QUE EU TINHA PARA HOJE; VEJAMOS SE AINDACABE AQUI UM TEXTO DE ALGUM LIVRO:

12/02/2001

DIREITO TRIBUTÁRIO

Marcelo Proença


1. TAXAS - art. 145, II, CF
Competência concorrente.
Taxa:
- de polícia = art. 78, CTN
- de serviço = art. 79, CTN (77 à 79)

Taxa = independentemente da manifestação de vontade.
- Receita pública derivada = obrigações “ex legis”
- Preço Público = voluntário = manifesto interesse
- Tarifa = obrigações “ex voluntati” receita pública originária
Ex: pedágio não sou obrigado a pagar = vou à peé, de moto, não pago

2. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA - art. 145, III da CF/88 e 81 e 82 do CTN
Decorrentes de obras públicas
- competência concorrente
- fato gerador = obra pública que gere valorização imobiliária.
- limites = valor da obra/valorização individual do imóvel

Ler art. 82 (tanto requisito que não se cobra contribuição de melhoria)

3. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS - art. 148, da CF/88
Competência exclusiva da União
Art. 148, I = não respeita princípio da anterioridade
Art. 148, II = respeita o princípio da anterioridade

4. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS - ART. 149, CF/88
- competência exclusiva da União = categorias profissionais

Exemplo de parafiscalidade (delegadas pela União).

- Contribuições sociais = INSS = assistência social

- Categorias profissionais = advogado - OAB; dentista - CRO; médico - CRM

- O Estado que mantiver seguridade própria poderá cobrar de seus funcionários (IPESP).

05/03/2001

IMPOSTOS

Os impostos diferenciam-se de todas as outras espécies, por se tratar de um tributo não vinculado - art. 16 do CTN. É o tributo que a cobrança independe de qualquer atividade específica do fisco para com o contribuinte, ou seja, não há contraprestação do fisco.

A competência dos impostos é privativa. A competência dos impostos é dividida por ente tributante (União, Estados, Municípios).

A CF proíbe a bi-tributação.
Bi-tributação = é a cobrança de mais de um imposto com o mesmo fato gerador, por entes tributantes diferentes.

“Bis-in-iden” = é a cobrança de mais de um imposto com o mesmo fato gerador, pelo mesmo ente tributante. Ex.: a União cobra imposto de importação.

Classificação:

Quanto ao ente tributante competente

Impostos federais ou da União - arts. 153 e 154 da CF
Imposto de Importação = II = colocar no território nacional produto estrangeiro.
Imposto de Exportação = IE
Imposto de Renda = IR
Imposto sobre Produtos Industrializados = IPI
Imposto Territorial Rural = ITR
Imposto sobre Operações Financeiras = IOF
Imposto sobre grandes Fortunas = IGF = ainda não foi instituído

São 7 fatos geradores

Art. 154, CF = trata da competência residual = só pode cobrar imposto do que ainda não está tributado.
Ex.: fato = renda
O que não é tributado poderá vir a ser, porém, só a União poderá instituir um novo imposto, através de lei complementar.
A competência residual da União é instituída pela Lei Complementar.

Art. 154, II da CF = trata do 3º tipo de imposto = são os impostos extraordinários = instituídos em caso de guerra.
Os impostos extraordinários são impostos provisórios = cessada a causa que gerou a sua instituição, deverá ser banido (extinto).

A União poderá cobrar impostos que já são cobrados.
Art. 154, II = é o único caso que pode ocorrer a bi-tributação.

Competência Estadual - art. 155, CF

ITCMD = Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação = imposto que se paga no inventário
Doação = ato inter vivo. A doação configura fato gerador do ITCMD.

ICMS = Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços = circulação de mercadoria, prestação de serviço de transporte intermunicipal, interestadual e de comunicação, configuram o fato gerador.
Circulação de mercadoria = é a circulação jurídica, ou seja, a transferência de titularidade, de propriedade

IPVA = Imposto de Propriedade de Veículos Automotores

Além destes impostos, o Estado poderá cobrar:
Taxas
Contribuições de Melhoria
Contribuições Sociais

Competência do Município - art. 156 da CF

IPTU = Imposto Predial Territorial e Urbano
ITBI (ou cisa) = poderá ser fato gerador deste imposto = permuta, leasing
Só incide ITBI na transmissão inter vivos = sobre imóveis pela própria natureza, por acessão física, por cessão de direitos sobre imóveis, todo e qualquer tipo de direitos reais. Ex.: enfiteuse, usufruto, servidões prediais, exceto hipoteca porque é direito real de garantia.
ISS = Imposto sobre Serviço = exceto os impostos de competência do Estado.

Além destes impostos o Município poderá cobrar:
Taxas
Contribuição de melhoria
Contribuições sociais para os seus funcionários

Distrito Federal cobra:
ICMS, IPVA e o ITCMD
Art. 147, 2ª parte da CF = IPTU, ITBI e ISS

Territórios - art. 147, CF
Os territórios não têm competência tributária. Não recebem, não cobram e não instituem impostos. (atualmente não existe mais nenhum território)
Se o território for dividido em municípios, será o município que cobrará os impostos.
Se o território não for dividido em municípios, é a União que tem competência para cobrar.

Quanto à forma de percepção

Impostos: diretos e indiretos
Impostos diretos = são aqueles que não admitem repercussão tributária, não consegue jogar nas costas de 3º. O contribuinte tem que assumir o ônus financeiro.
Ex.: IPVA
Impostos Indiretos = admite-se a repercussão tributária, aquele que recolhe, embute no preço da mercadoria, ele consegue jogar nas costas do consumidor final, transfere o ônus financeiro à 3º.
Ex.: ICMS e IPI

Pactos entre particulares não podem ser opostos ao fisco.

Os impostos indiretos podem gerar uma injustiça tributária.

Existem fatores/Sistemas para minimizar a injustiça tributária dos impostos indiretos (para ficarem menos injustos):

Seletividade = representa a variação de alíquotas de acordo com a essencialidade do produto.
Quanto mais essencial menor a alíquota. Ex.: arroz, feijão, ovo.
Quanto menos essencial maior a alíquota. Ex.: cigarros, perfumes, cosméticos

Não cumulatividade = representa a possibilidade de se descontar nas operações subseqüentes, as quantias já pagas anteriormente.

Exemplo:
Madeira Serralheria Ind. de móveis Atacadista Cons. Final
Preço: 1000,00 2.000,00 3.000,00 4.000,00 5.000,00
ICMS 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00
ICMS 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

ICMS = 10%
Valor Final = R$ 5.000,00
ICMS = 1.500 (30% ICMS)
ICMS (10%) = 500,00

Não cumulativo = compensação de imposto.

Imposto seletivo e não cumulativo = IPI e ICMS
Imposto seletivo = art. 153, §3º, I e II da CF
Art. 155, §2º I e III = ICMS = são impostos indiretos

Quanto à forma de perequação (= forma de cálculo)
Impostos fixos = são dotados tão somente de alíquotas, não tem base de cálculo, é imposto fixo

Impostos proporcionais = são aqueles que têm uma alíquota fixa, e base de cálculo variável
Ex.: IPVA = 4% sobre o valor do veículo, é proporcional

Impostos progressivos = quando for composto de uma alíquota variável e base de cálculo também variável de forma proporcional.
Ex.: IR pessoa física - se ganhar até 900,00 a alíquota será 0
Se ganhar de 900,00 à 1.800,00 a alíquota será de 15%.
Quanto maior a alíquota, maior a base de cálculo.

Emenda Constitucional nº 29 de 13 de Setembro de 2000 = trouxe mais um imposto progressivo, o IPTU = quanto maior o valor do imóvel, maior a alíquota.

A forma fixa de tributar é a forma mais injusta de tributar.
A forma proporcional parece ser a mais justa.
Existem juristas que acham que a forma progressiva é mais justa. A doutrina é dividida.
Para alguns juristas a forma proporcional de tributar representa equilíbrio maior nas riquezas.

O Município de São Paulo instituiu o ITBI progressivo, mas foi dado como inconstitucional.
O Município de São Paulo instituiu o ITCMD de forma progressiva = inúmeros juristas dizem que é inconstitucional.

Quanto ao objeto de sua incidência
Impostos reais e pessoais
Impostos reais = quando o objeto da incidência se tratar de uma res (coisa). Ex.: IPTU
Impostos pessoais = quando o que se analisa para fins de tributação, são as características do contribuinte, leva-se em conta as qualidades da pessoa. Ex.: IR
ITR = leva-se em conta o proprietário, qual a quantidade de terras, etc.
Os impostos pessoais leva-se em conta a capacidade contributiva do contribuinte, é a forma mais justa de tributação.

PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO

Princípio da Legalidade tributária ou estrita legalidade (art. 150, I da CF) = somente a lei pode instituir ou majorar tributos (lei ordinária ou lei complementar, em alguns casos), texto advindo do Poder Legislativo.

Os impostos residuais (art. 149), contribuições sociais, impostos sobre grandes fortunas (IGF), e empréstimo compulsório, são instituídos por Lei Complementar.
O restante só por Lei Ordinária.

Art. 153,§ 1º da CF = II, IE, IPI, IOF = exceção ao princípio da legalidade. Neste 4 casos o Poder Executivo poderá majorar as alíquotas. A justificativa é que os impostos mencionados acima, são de natureza extra-fiscais. Por exemplo o II e o IE são os reguladores comerciais de um determinado país. O IOF é imposto que tem por fim equilibrar o mercado financeiro. E o IPI privilegia o produto nacional.
Não existe exceção ao princípio da Legalidade, para fins de instituição de tributo.

19/03/2001

PRINCÍPIOS

1. Princípio da Legalidade
Nenhum tributo poderá ser instituído ou majorado sem previsão em lei. Se dá por Lei Ordinária e em alguns casos lei complementar.

Impostos que não seguem o princípio da legalidade (em termos):
? II
? IE
? IPI
? IOF
Existe exceção, no que diz respeito somente à majoração.
O II, IE, IPI, IOF, são impostos extras fiscais, eles não têm função fiscal, eles existem por outros motivos que não é gerar receita pública. Estes impostos são reguladores de mercado.
Por ex.: aumenta-se o II para desativar a importação, e diminui-se o IE para aquecer a exportação.

2. Princípio da Anterioridade
Diz respeito à vigência da lei. Normalmente uma lei entra em vigor 45 dias depois de oficialmente publicada, salvo disposição em contrário.
Lei que institui ou majora tributos só entra em vigor à partir do 1º dia do ano seguinte da sua publicação.
A finalidade deste princípio é não mudar as regras do jogo no meio do caminho.

Há exceções - art. 150, I da CF:
II
IE
IPI
IOF
A lei que majora estes tributos acima, entra em vigência no mesmo ano.
? Impostos extraordinários - art. 154, II da CF = em caso de guerra externa
? Contribuições Sociais (INSS) tem princípio próprio de anterioridade - art. 195, § 6º, da CF - Lei que institui e majora entra em vigor 90 dias após a sua publicação. Aqui não se aplica o Art. 150, III, “b”.
? Empréstimos Compulsórios - art. 148, da CF

3. Princípio da Predominância dos Impostos Pessoais
Art. 145, §1º = norma programática

4. Princípio do respeito à capacidade contributiva do sujeito passivo
Sujeito passivo = quem tem a obrigação de pagar o tributo.
Art. 145, § 1º, 2ª parte.
Princípio moral = o imposto será graduado de acordo com a capacidade econômica do contribuinte.
Ex.: quem tem um imóvel maior, melhor situado, mais valorizado, o IPTU será maior do que aquele que tem um imóvel simples.
O imposto progressivo dará mais eficácia.

5. Princípio da Isonomia Tributária
Princípio da Isonomia = Princípio da Igualdade
Pessoas em situações equivalentes deverão ser tratadas igualmente.
Pessoas em situações diferentes deverão ser tratadas distintamente.
Art. 150, II, da CF

6. Princípio da Irretroatividade da Norma Tributária
Trata-se da aplicação da norma em termos temporais.
A lei tributária têm efeitos irretroativos (“ex nunc”) = não retroage para alcançar fatos passados.
Aplica-se ao Fato Gerador, a lei vigente na data de sua vigência.
Art. 150, III, “a”, da CF.

7. Princípio da Retroatividade da Norma Tributária Penal mais Favorável ao Infrator
Se a norma tributária for de natureza penal, e se a norma posterior for mais favorável ao contribuinte, aí sim terá efeitos retroativos.
Art. 106, II do CTN = impõe limites para aplicação da norma tributária.

8. Princípio da Proibição do Confisco por meio de Tributos
Confisco = é ato de subtrair das mãos de terceiros, sem qualquer tipo de indenização. É inconstitucional, desde que assegurado o direito de propriedade.
O confisco não é admitido no Direito Brasileiro.
Finalidade = limitar o poder de tributação.

Confisco = tomar o patrimônio do particular

Tributo Confiscatório = é aquele cuja carga tributária é tão elevada, que configurará a transferência do patrimônio do particular para o patrimônio estatal
Art. 150, IV, CF

9. Princípio da Não Limitação ao Tráfego de Pessoas ou de Bens por meio de Tributos Interestaduais e Intermunicipais
Art. 150. V, da CF
Este princípio tem a finalidade de garantir a liberdade de ir e vir. Nenhum tributo pode ser instituído sobre o deslocamento de bens e pessoas em todo o território nacional.
Pedágio = é tarifa, preço público não é tributo.

10. Princípio da Uniformidade Tributária
Art. 151 e 152 da CF
Art. 151 da CF = trata do princípio da uniformidade geográfica da União diz respeito à uniformidade em todo o território nacional.
Art. 152 da CF = trata do princípio da uniformidade geográfica dos Estados e Municípios.

11. Princípio da Exclusividade dos Impostos
Um ente tributante não pode invadir a competência alheia.
Art. 17 do CTN

12. Princípio da Indelegabilidade da Competência Tributária
Diz respeito ao poder de legislar.
IR = somente a União poderá legislar.
Os atos de fiscalizar e recolher o tributo, é delegável.
Ex.: a União delegou ao INSS (que é uma autarquia), o poder de cobrar e fiscalizar a contribuição social.
Parafiscalidade - art. 7º do CTN

13. Princípio da Literalidade da Interpretação da Legislação Tributária que disponha sobre concessão de favores fiscais e da dispensa do cumprimento de Obrigação Tributária Acessória
Interpretação Literal = interpretação à risca; impossibilidade de se ampliar o sentido textual da lei.
A lei deverá ser interpretada literalmente nos seguintes casos:
- Quando disser respeito a favor fiscal. Ex.: moratória, isenção, anistia e remissão.
Moratória = é dilação do prazo de vencimento de uma obrigação
Isenção = uma lei tributária dispensou do pagamento do tributo (daqui para frente)
Anistia = perdão pelo esquecimento de multa tributária não paga (multas passadas).
Remissão = perdão do tributo devido, não pago (para trás).
- Que dispense o cumprimento de Obrigação Tributária Acessória. Está isentando ou remindo o débito fiscal.
Obrigação Tributária Acessória (OTA) = toda obrigação existente na lei tributária, que não tenha que pagar tributos.
Art. 111, CTN

14. Princípio da Indisponibilidade do Crédito Tributário
Crédito Tributário (CT) = é um bem indisponível ao Administrador Público.

15. Princípio da Inversão do ônus da Prova
No CPC = quem alega prova.
No direito tributário há o princípio, porque se eu não pago o tributo, o fisco exigirá que eu pague, movendo ação contra o contribuinte, esta ação denomina-se Ação de Execução Fiscal, pressupõe o título executivo, que é a Certidão da Dívida Ativa (CDA).
Neste caso o fisco alega, mas não prova. Cabe ao contribuinte provar a alegação do Fisco, através de Embargos à Execução em 10 dias.
5 dias para pagar e 30 dias para embargar
Art. 204, § único, do CTN = princípio da Inversão do ônus da prova

16. Princípio da Imunidade Tributária

09/04/2001

Imunidade + Legislação + Obrigação

Princípio da Imunidade Tributária - art. 150, VI, da CF
Impossibilidade absoluta, traçada pela legislação de cobrar impostos de alguém ou de alguma coisa.

Características da imunidade:
1º) A imunidade está sempre prevista em norma constitucional.
2º) A imunidade é exclusiva de impostos

Na isenção existe tributação, mas depois surge uma outra lei isentando, dispensando do pagamento do tributo.

Diferenças entre isenção e imunidade:
Isenção Imunidade
- Pode se referir a todo e qualquer tipo de tributo. - Só se refere à impostos.
- Está prevista sempre em norma - Está prevista sempre
(lei complementar, lei ordinária). em norma constitucional.

Classificação - art. 150, VI, CF - alíneas a, b, c e d

a) imunidade recíproca = um não pode cobrar impostos do outro = imunidade de impostos sobre o patrimônio, sobre a renda ou sobre serviços;
b) imunidade genérica =
c) imunidade genérica = por ex.: não se pode cobrar IPTU de imóvel da CUT, do PSDB, etc.
d) imunidade genérica = porque se refere à vários impostos

Tipos de Imunidade:
? Real = concede-se a imunidade em razão das características de determinada “res” (coisa).
? Pessoal = concede-se a imunidade em razão das características da pessoa.

O livro é imune à cobrança de impostos, não é cobrado nenhum imposto.
A jurisprudência entende que os livros eletrônicos (CD´s) são imunes aos impostos.

Art. 150, § 2º, CF = deixam limitadas as líneas a, b, c, d do próprio art. 150, VI. O parágrafo 2º deste art. Amplia a imunidade tributária para as autarquias e fundações públicas.
Art. 150, § 3º, CF = deixa de gozar a imunidade tributária recíproca. O Estado pode intervir na economia - art. 170, CF.
Art. 150, § 4º, CF = outra limitação da imunidade, o imóvel urbano da igreja é imune, mas em outro imóvel da própria igreja utilizado para outros fins é tributado (atividade essencial).

Imunidades Específicas = imunidade para determinados impostos.
Art. 184, § 5º, CF = apesar de falar em isenção, é imunidade. Não se paga IR no caso de desapropriação.
Art. 153, § 4º, CF = não incidirá ITR , nas pequenas glebas de terras rurais
Art. 153, §3º, III, CF = não incidirá IPI para produtos industrializados destinados à exportação.
Art. 155, § 2º, X, “a”, CF = não incidirá ICMS para produtos industrializados, destinados ao exterior.
Art. 155, § 2º, X, “b”, CF = imunidade do ICMS nas relações interestaduais, no tocante ao petróleo e derivados, energia elétrica.
Art. 155, § 2º, X, “c”, CF = imunidade do ICMS sobre o ouro como instrumento cambial ou a título financeiro.
Art. 156, § 2º, I, CF = ITBI não incidirá sobre a transmissão de bens ou direitos.
Imunidade de ITBI: incorporação, transformação, fusão, cisão, aquisição de ações e quotas, extinção da sociedade, transferência para sócios do patrimônio restante.

Analise arts. 36 e 37, CTN

Arts. 145 à 156, CF = Sistema Tributário

Legislação Tributária

Art. 96 ao art. 112, CTN

a) Hierarquia = entre as normas tributárias
Art. 96, CTN = a legislação tributária compreende as leis, normas complementares, decretos, tratados, portarias.
Traça-se a hierarquia entre elas por meio de uma interpretação teleológica.

1º) CF
2º) Tratados/Convenções Internacionais
3º) Lei Complementar
4º) Lei Ordinária/Delegada
5º) Legislação do Poder Executivo/Decretos/Medida Provisória
6º) Normas Complementares (art. 100, CTN)

As decisões poderão ter efeitos normativos.
Os convênios são hierarquicamente inferiores às leis.

b) Vigência

? Temporal = art. 101, CTN = as leis entram em vigência, 45 dias após a publicação.
Art. 104, CTN = lei que majore ou institui tributo, entra em vigor no 1º dia do exercício seguinte.
Lei que revoga isenção, entra em vigor no 1] dia do exercício seguinte.
Art. 103, CTN = regras específicas para vigência temporal.
Art. 102, CTN = extraterritorialidade. Ex.: convênios internacionais relacionados com a globalização, Mercosul = vigência extraterritorial.

? Espacial = as leis entram em vigência dentro do respectivo território (do ente legislativo). Art. 102, CTN = extraterritorialidade. Ex.: convênios internacionais relacionados com a globalização, Mercosul = vigência extraterritorial.

c) Aplicação da Norma
As leis têm vigência irretroativa, efeitos “ex nunc”, não retroagem, as normas são aplicadas para fatos presentes e futuros.
Art. 106, CTN = traz as previsões de exceção, ou seja, quando a norma tributária é retroativa:
- Quando a natureza da norma for penal - a lei mais favorável ao contribuinte
- Quando for expressamente interpretativa = a norma tributária puramente interpretativa, tem efeitos retroativos. Interpretativa = é aquela que não traz nada de novo.
Art. 105, CTN = norma tributária irretroativa.

d) Interpretação legislativa (hermenêutica jurídica) = buscar o sentido da legislação.

Art. 107, CTN

e) Integração Legislativa = utiliza-se quando há lacunas na lei. É a forma que se dá solução ao caso prático.
A forma está prevista no art. 108, CTN:
- Analogia = tratar da mesma maneira casos semelhante.
- Princípios Gerais de Direito Tributário
- Princípios Gerais de Direito Público = princípio da moralidade administrativa, etc.
- Equidade

Art. 108, § 1º, CTN = jamais a analogia pode gerar o pagamento de tributo, porque fere o princípio da legalidade.
Art. 108, § 2º, CTN = não pode o juiz, utilizando-se da equidade, dispensar o contribuinte do pagamento de tributo devido. O crédito tributário tem que ser cobrado por ato administrativo plenamente vinculado.
Art. 109, CTN = interpretação da norma
Art. 110, CTN = interpretação da norma
Art. 111, CTN = interpretação literal da norma
Art. 112, CTN = interpretação “in bonam partem”, em matéria penal, interpreta-se sempre à favor do Contribuinte.

Obrigação Tributária (OT)

Art. 113, CTN
O CTN tem por finalidade, regular o vínculo entre o Fisco e o Contribuinte. Este vínculo é de natureza patrimonial.

No Código Civil tem-se a Relação Jurídica Obrigacional. Existem 2 polos: ativo e passivo.
Ativo = figura o sujeito ativo = titular de um crédito = credor
Passivo = figura o sujeito passivo = titular de uma obrigação = devedor

No código civil = Direito das Obrigações
Relação Civil Obrigacional = Ex.: contrato de compra e venda, contrato de locação, contrato de mútuo (empréstimo de dinheiro).
Contratos sempre geram relações obrigacionais.

O Direito Tributário tem por base a natureza obrigacional.
Art. 113, CTN = Obrigação Tributária (OT)
Obrigação que tem perante o sujeito ativo.
Natureza da relação jurídica tributária = relação jurídica tributária obrigacional.
Pólo ativo = credor = Fisco
Pólo passivo = devedor do tributo = contribuinte

Obrigações Tributárias Principal (OTP) = obrigação de pagar - art. 113, § 1º, CTN.
Obrigações Tributárias Acessórias (OTA) = significa que qualquer outra obrigação que não é de pagar - art. 113 § 2º, CTN = tem interesse de fiscalizar e executar normas tributárias. O descumprimento da OTA, converte-se em OTP.

1. Sujeito Ativo - arts. 119 - 120, CTN
Fisco = titular do crédito Tributário
Sujeito Ativo Direto = pessoa competente para instituir tributo
Sujeito Ativo por Delegação = Ex.: INSS - parafiscalidade - quem cobra o tributo é uma terceira pessoa, é um delegado.

2. Sujeito Passivo - arts. 121 - 123, CTN
Pessoa que está obrigada ao pagamento do tributo
Existem 2 formas de sujeito passivo: Contribuinte e Responsável Tributário.
Contribuinte = existe quando quem estiver no pólo passivo, tenha relação pessoal e direta com o fato gerador (FG) (art. 121, § único, I, CTN).
Responsável Tributário = terceira pessoa que responde pelo pagamento do tributo, que não tem relação pessoa e direta com o fato gerador (FG) (art. 121, § único, II, CTN).

Responsável por transferência
Responsável por substituição

23/04/2001

RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA OBRIGACIONAL

Numa relação jurídica tributária obrigacional existe:

De um lado, o pólo ativo que é o credor, e tem o direito de cobrar. Este credor poderá ser direto ou por delegação.
De outro lado o pólo passivo que é o devedor, e tem a obrigação de pagar. Ele é o contribuinte ou o responsável tributário.

Art. 121, I, CTN
Responsável tributário é o responsável pelo pagamento do tributo, que não tem relação direta com o fato gerador.
Divide-se em 2 espécies:
? Responsável por transferência = é aquele que ocorre após a ocorrência do fato gerador = Ex.: espólio
? Responsável por substituição ou substituto tributário = está previsto em lei; antes da ocorrência do fato gerador.

A Emenda Constitucional nº 3, prevê o substituto tributário. Esta emenda permite a cobrança antecipada do tributo, ou seja, presume-se a ocorrência do Fato Gerador.

A lei diz que é o produtor o responsável pelo pagamento do ICMS, e não o varejo.

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

A lei tributária prevê que 3ª pessoa, esteja obrigada ao pagamento de tributo.
A responsabilidade tributária só subsiste quando dispositivo legal nomeia 3ª pessoa que não tem relação direta com o tributo.

Art. 128, CTN
Art. 129 - 133, CTN = responsabilidade dos sucessores.
Art. 134 - 135, CTN = responsabilidade de 3ª pessoa
Art. 136 - 138, CTN = responsabilidade por infrações
Art. 134, VI = muito importante.
Art. 135, III = muito importante.

A causa da relação jurídica tributária obrigacional é o fato gerador.
Fato Gerador = art. 114, CTN = situação descrita em lei, suficiente à sua ocorrência.

Aspecto subjetivo = sujeito ativo e sujeito passivo

Aspecto Objetivo = situação, fato

Aspecto Temporal = pelo momento, pela data da ocorrência do FG (por causa do princípio da irretroatividade da norma tributária).

Aspecto Territorial = verificação do local da ocorrência

Aspecto Quantitativo = é a base de cálculo e alíquota, para saber o montante do tributo.

Art. 117, CTN = fatos geradores vinculados à condição = fatos geradores condicionais.
Condição = evento futuro e incerto que vincula os efeitos do ato jurídico.
Condição: suspensiva ou resolutiva.
Condição Suspensiva = a eficácia do ato jurídico fica suspensa, até que ocorra o evento condicional.
Condição Resolutiva = desde o momento da prática do ato ele é eficaz, os efeitos cessam-se a partir do momento que implementar-se a condição.

Condição Suspensiva = __________________/ é cobrado_________________
Condição resolutiva = é cobrado__________/_________________________

Art. 118, CTN
Capacidade Tributária - art. 126, CTN = independe de capacidade civil, de pessoa jurídica regularmente constituída.

Domicílio Tributário = se assemelha ao domicílio civil.
Pessoa Jurídica = elege o domicílio
Pessoa física = elege o domicílio
Reputa-se domicílio da pessoa, onde ela eleger (regra do direito civil).
Art. 127, CTN

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Lei + FG = OTP

OTP = Obrigação Tributária Principal = é inexigível porque não está delimitada, ainda não há responsabilidade.
É necessário que haja um procedimento apurando quem deve pagar, para quem deve pagar, quanto deve pagar, quando deve pagar. Este procedimento chama-se lançamento.
A obrigação tributária exigível denomina-se Crédito Tributário.
A OTP (obrigação tributário principal) se transforma em CT (crédito tributário), através do lançamento.
OTP = é algo ilíquido
CT = é algo líquido

O lançamento tem por objetivo liquidar a obrigação.

Tarefa:
- Qual é a natureza jurídica do lançamento tributário?
- O ato de lançar?
- Quais os tipos de lançamento?
- Como é o procedimento de lançar?

14/05/2001

LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

É um ato declaratório, dado que não constitui obrigação nenhuma.

L + FG = OTP - LT = art. 142, CTN

Lançamento de Ofício (direto) art. 149 - Ex.: IPTU, IPVA, INSS, AIIM (Auto Infração e Imposição e Multa).
Lançamento por declaração (misto)
Lançamento por homologação - Ex.: IPI, ISS, IR, IOF
CT - CDA = execução.

Quais os tipos de lançamento?
- Lançamento de Ofício
- Lançamento de Declaração
- Lançamento por Homologação

Lançamento de Ofício
É aquele que é efetuado diretamente pelo fisco sem que haja a interferência do contribuinte.

Lançamento de Declaração
É o próprio contribuinte quem apura todos os lançamentos e leva ao Fisco para conferência, e concordando ele autoriza o contribuinte a fazer o pagamento - art. 147 e 148.

Lançamento por Homologação
É efetuado quase totalmente pelo contribuinte, quanto deve, a quem deve, antees mesmo do Fisco conferir ele efetua o pagamento, isto chama-se pagamento antecipado, pois após a conferência do Fisco se tiver errado, suspende essa extinção de pagamento. Pode ocorrer 3 situações:
- homologar expressamente (fica extinta a obrigação);
- não concorda, pede esclarecimentos (dados, valores), se o contribuinte não se manifestar emite um AIIM;
- o Fisco mantém-se silente (não se manifesta), no prazo de 5 anos torna-se extinta.

O crédito tributário pode ser:
- extinto
- excluído
- suspensivo

Formas de Suspensão - art. 151, CTN
I- Moratória - art. 152 à 155
Pode ser concedida em caráter geral ou caráter individual somente por lei.

II- O depósito do seu montante integral, poderá ser tanto em juízo como administrativamente.

Exclusão: art. 175
Excluem o crédito tributário

Isenção = é sempre decorrente de lei não pode ser interpretada ampliada e sim de forma literal.

Anistia = perdoa o contribuinte do pagamento de multas.
Pode ser concedida em caráter geral, limitadamente. Concedida apenas por lei.

Extinção - art. 156 = rol exemplificativo.

a) não previstos no art. 156
- confusão
- impossibilidade de pagamento (espólio - IPTU, transfere aos herdeiros até o quinhão que cada um recebe).

b) previstos e regulados pelo CTN
art. 156, I à V - pagto. 156, I/art. 157/164

c) previstos, mas não regulados pelo CTN
VI ao XI

Art. 156 - Extinguem o crédito tributário:
II- o pagamento;
III- a compensação: as partes se alteram no pólo da relação jurídica - art. 170.
IV- a transação: transigência mútua, apenas por lei - art. 171.
V- a remissão: perdão art. 172. Somente autorizado por lei, não gera direito adquirido.
VI- a prescrição e a decadência, etc.

28/05/2001

L + FG = OTP - LT - CT

EXTINÇÃO
Art. 156

VII- Prescrição e Decadência

Preclusão: perda de um direito
Dá-se sob 3 formas:
Lógica: é a perda de um direito pela prática de um ato incompatível com o exercício daquele direito.
Consumativa: é perda do direito pelo seu consumo, justamente por ter exercitado o direito.
Temporal: é a perda de um direito pelo seu não exercício dentro de um lapso de tempo previsto em lei. Ex.: decadência e prescrição - prazo = 5 anos.

Decadência: está relacionado com o prazo de lançar = é a perda pelo Fisco do direito de lançar, por não tê-lo feito no prazo de 5 anos.
Havendo o lançamento e o contribuinte não paga, o Fisco pode executar (execução fiscal), ele tem o prazo de 5 anos para executar.
Decadência = art. 173, CTN.

Homologação Tácita: extinção do CT em razão de nenhuma manifestação pelo Fisco - 5 anos contados à partir da ocorrência do FG - art. 150, § 4º, CTN (se for por homologação). Ex.: CPMF.

Homologação por Declaração ou de Ofício: prazo de 5 anos, contados à partir do 1º dia do ano seguinte em que poderia ser lançado. Ex.: IPTU, IPVA, ITR, II, IE.

Prescrição - art. 174, CTN = é a perda do direito pelo Fisco de executar. Conta-se à partir do momento em que o CT foi constituído; em que o sujeito passivo foi regularmente intimado.
Art. 174, § único do CTN = o prazo prescricional será interrompido (voltar à estaca zero).

Garantias e Privilégios do CT

Art. 184 do CTN = amplitude
Art. 183 do CTN = exemplificativos
Alienação fraudulenta = passar os bens em nome de terceiros, quando na iminência de execução.
O Crédito Tributário nunca vai entrar numa disputa com credores.
Art. 187 do CTN = concurso de credores = União, Estados e Municípios.
Art. 188 do CTN = dívidas tributárias, processo falimentar.
Art. 190 do CTN = liquidação extrajudicial e judicial
Liquidação = é procedimento que antecede a falência
Faz jus ao direito de concordata aquele que estiver em dia com as obrigações.
Art. 192 do CTN
Art. 193 do CTN
Art. 204 = importante = princípio do ônus da prova; o Fisco alega o que quiser, o contribuinte é que tem que provar.

Administração Tributária

Fiscalização - arts. 194 - 200 do CTN = como deve o agente fiscal agir nas fiscalizações.
Dívida Ativa - art. 201 do CTN = inscrição do crédito tributário na Dívida Ativa, admite-se a CDA que se transforma em título executivo.
Certidões Negativas

Certidão Negativa CDA
Art. 205 - 208 do CTN
CDA é emitida a título executivo, que demonstra o débito que o contribuinte tem para com o Fisco.
CND = Certidões Negativas de Débitos.
Certidão negativa = é documento que comprova que o contribuinte não tem dívidas (fiscais ou tributárias) para com o Fisco, ou seja, comprova-se a adimplência do contribuinte para com as Fazendas Públicas.

Certidão Positiva = é certidão que consta os débitos fiscais e tributários dos contribuintes para com o Fisco. Esta certidão pode ter efeitos de certidão negativa, que é aquela certidão onde constam débitos vincendos, constam débitos com exigibilidade suspensa.

Art. 206 do CTN
Art. 208 do CTN = certidões emitidas com fraude, responsabilidade pessoal do administrador (responde com patrimônio próprio).

Processo Administrativo e Processo Judicial

Já havendo execução fiscal, o contribuinte promove Embargos à Execução Fiscal para defender-se, e esta é uma ação onde se defende, não é contestação, não é resposta.

Lei 6830/80 = parte processual tributária
5 dias para pagar ou nomear bens à penhora.
Garantias em juízo:
Depositando o valor
Carta de fiança bancária
Nomeia bens

Autor = exeqüente e embargante
Réu = executado e embargado

O executado tem prazo de 10 dias
Petição inicial - Embargos à Execução
Rol de testemunhas, se interessar fazer prova testemunhal

Ter de volta o que se pagar indevidamente = pagar mais do que o devido = ação cabível é ação de Repetição de Indébito - pagamento indevido - art. 165, CTN. O prazo é prescricional de 5 anos.
Art. 166 do CTN = trata da quase impossibilidade de pedir de volta tributos.
Imposto Indireto = admite a repercussão tributária. Ex.: ICMS, IPI, ou pago embutido no preço da mercadoria.
Art. 164 do CTN

Ação de Consignação em Pagamento
Só extingue o CT, se ela for julgada procedente.

Hipóteses em que cabe esta ação:
Injusta recusa do credor (Fisco), em receber.
Vinculação do recebimento ao pagamento de outro tributo, ou ao recebimento de multa, ou exigência administrativa ilegal.
Bi-tributação

04/06/2001

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

O contribuinte pode agir de 3 maneiras:
Paga o AIIM (auto de infração) no prazo de 30 dias
Não faz nada (será inscrito na dívida ativa)
Entrar com ação judicial (ação anulatória de débito fiscal)

AIIM = o contribuinte é intimado para pagar, ou apresentar defesa na esfera administrativa. O objetivo é anular o CT (suspende a exigibilidade do CT, a ação é anulatória de débito fiscal).

Esfera administrativa, se divide em 3:
Processo Administrativo Fiscal Municipal = só no Município de SP
Processo Administrativo Fiscal Estadual
Processo Administratico Fiscal Federal

Lei + Fato Gerador = Obrigação Tributária Principal - Lançamento (AIIM) - Crédito Tributário (exigível) - Certidão da Dívida Ativa - Execução Fiscal.

Decreto 70.235/72 - Processo Administrativo Fiscal Federal
Art. 10 = AIIM
Defesa = requisitos do art. 14, 15, 16
Da decisão cabe recurso = recurso voluntário no prazo de 30 dias, se o contribuinte ganhou, tem-se o recurso de ofício, que é encaminhado ao Tribunal Administrativo (em Brasília), para julgar as questões fiscais federais = Conselho de Contribuintes = mantém a decisão ou reforma a decisão.

Art. 25, I = autoridade competente em 1ª instância.
Art. 25, II = autoridade competente em 2ª instância.
Da decisão, no CC, do acórdão cabe recurso = 3ª instância, Câmara Superior dos Recursos Fiscais, é o Recurso Especial, mas só cabe quando a decisão do CC não for unânime, ou contrária a lei, ou discrepante à prova produzida no processo.
2º caso que cabe: interpretação divergente daquele dada por outra câmara ou pelo CC.

TIT = Tribunal de Impostos e Taxas
Se a decisão for por maioria, cabe o pedido de reconsideração (15 dias) não unânime.

Tributo estadual - ICMS
TIT
/__________________/___________/______________________/________________
AIIM (30 dias) Defesa Julgamento (30 dias) Recurso Ordinário


Recurso Ordinário
Pedido de Reconsideração (15 dias) decisão unânime ou não, cabe quando violar dispositivo de lei ou provas dos autos.
Pedido de Revisão (divergência) - 15 dias = contra decisões unânimes.
Recurso Extraordinário (prazo15 dias) = cabe quando houver decisão unânime em recurso ordinário. Só pode ser promovido pela Fazenda Pública.

PODE SER QUE ALGUEM USE O QUE EU POSTEI AQUI DE LIVRO HOJE, POIS PASMAM, EU ESTUDO CONTABILIDADE MAS TENHO 3 SEMESTRES DE DIREITO TRIBUTÁRIO............ATÉ QUALQUER DIA....................

PS: ESTA FOTO É DE UMA DAS MINHAS COLEGAS DE CURSO TÉCNICO..................ACHEI QUE SERIA VALIDO DIVERSIFICAR NAS IMAGENS!!!!!!!!!!!!! SEI LÁ, DELIRIOS DE QUEM NÃO TEM O QUE FAZER ÀS 00:04 HORAS.........................................

domingo, 29 de julho de 2007

' 1408 - STEPHEN KING "



1408
Así como el alguna vez popular entierro, cada escritor de cuentos de shock/suspense
debe escribir al menos una historia sobre la Habitación Embrujada del Hotel. Esta es mi
versión de esa historia. La única cosa inusual sobre ella es que nunca tuve la intención
de terminarla. Escribí las primeras tres o cuatro páginas como parte del apéndice para
mi libro On Writing, queriendo mostrar a los lectores cómo una historia evoluciona del
primer borrador al segundo. Sobre todo, quería proveer ejemplos concretos de los
principios de los que había estado parloteando en el texto. Pero algo agradable pasó: la
historia me sedujo, y terminé de escribirla toda. Pienso que lo que nos asusta varía
ampliamente de un individuo a otro (nunca he sido capaz de entender porque a ciertas
personas le dan escalofríos las serpientes venenosas1, por ejemplo), pero esta historia
me asustaba mientras estaba trabajando en ella. Originalmente apareció como parte de
una compilación en audio llamada Blood and Smoke, y el audio me asustaba aún más.
Me asustaba como la puta madre. Pero las habitaciones de hotel son lugares
naturalmente terroríficos, ¿no les parece? Quiero decir, ¿cuántas personas han dormido
en esa cama antes que ti? ¿Cuántas de ellas estaban enfermas? ¿Cuántas estaban
volviéndose locas? ¿Cuántas consideraron, tal vez, leer unos cuantos versos finales de la
Biblia que se encontraba en la mesa de luz al lado de ellos y, entonces, se colgaban del
armario al lado de la TV? Brrrr. En cualquier caso, registrémonos, vale? Aquí está tu
llave. . . y puedes tomarte tu tiempo para pensar lo que esos cuatro inocentes números
significan.
Está al final del vestíbulo.
I
Mike Enslin estaba en la puerta giratoria cuando vio a Olin, el gerente del Hotel Dolphin, sentado en
uno de las rellenas sillas del vestíbulo. El corazón de Mike se fue a pique. Quizá debí haber traído
conmigo al abogado de nuevo, pensó. Bueno, demasiado tarde. Y aún si Olin hubiera decidido
levantar algún que otro obstáculo entre Mike y la habitación 1408, eso no estaba del todo mal; habría
algún tipo de compensación.
Olin estaba cruzando el vestíbulo con una rechoncha mano extendida, mientras Mike salía de la
puerta giratoria. El Hotel Dolphin estaba en la calle Sesenta y Uno, a la vuelta de la Quinta Avenida,
pequeño pero elegante. Un hombre y una mujer vestidos con trajes de noche pasaron a Mike mientras
alcanzaba la mano de Olin, cambiando de mano su maletín a fin de poder hacerlo. La mujer era rubia,
vestida de negro, por supuesto, y el ligero y florido aroma de su perfume parecía resumir lo que es
Nueva York. En el bar del entrepiso, alguien estaba tocando "Night and Day", como para resaltar el
ambiente neoyorquino.
"Sr. Enslin. Buenas noches."
"Sr. Olin. ¿Hay algún problema?"
Olin parecía apenado. Por un momento miró alrededor del pequeño y elegante lobby, como
esperando ayuda. En el mostrador del conserje, un hombre estaba discutiendo con su esposa acerca
de los boletos de teatro mientras que el conserje los miraba con una pequeña y paciente sonrisa. En la
recepción, un hombre con la desgastada mirada que sólo se consigue luego de largas horas de vuelo
1 En ingles, Peruvian boomslangs, clase de serpiente venenosa que SK inventa para el cuento “Sala de Autopsias 4”
en ‘Businnes Class’, estaba discutiendo su reserva con una mujer en un elegante vestido negro que
podría servir también, como vestido de noche. Era el movimiento usual del Hotel Dolphin. Había
ayuda para todos, excepto para el pobre Sr. Olin, que había caído en las garras del escritor.
"¿Sr. Olin?" Mike repitió.
"Sr. Enslin. . . ¿podría hablar con Ud. por un momento en mi oficina?"
Bien, ¿y por qué no? Ayudaría al capítulo correspondiente a la habitación 1408, incrementando el
tono siniestro que los lectores de sus libros parecían suplicar, y eso no era todo. Mike Enslin no había
estado seguro hasta ahora, a pesar de todas las idas y vueltas; pero ahora sí lo estaba. Olin estaba
realmente asustado de la habitación 1408, y de lo que pudiera sucederle a Mike allí, esta noche.
"Por supuesto, Sr. Olin."
Olin, como buen anfitrión, se esforzó por coger el maletín de Mike. "Permítame."
"Estoy bien," dijo Mike. "Sólo una muda de ropas y un cepillo de dientes."
"¿Está seguro?"
"Sí," dijo Mike. "Ya tengo puesta mi camisa hawaiana de la suerte".
Sonrió. "Es la que repele a los fantasmas."
Olin no le devolvió la sonrisa. En lugar de eso, suspiró, un pequeño hombre rechoncho en un oscuro
traje cortado a medida y una corbata pulcramente anudada. "Muy bien, Sr. Enslin. Sígame."
El gerente de hotel había parecido vacilante en el vestíbulo, casi vencido. En su oficina adornada de
paneles de roble, con fotos del hotel en las paredes (el Hotel Dolphin había abierto en 1910 - Mike
podría haber investigado sin el beneficio de los diarios o periódicos de la gran ciudad, pero él hizo su
propia pesquisa), Olin parecía haber entrado en confianza nuevamente. Había una alfombra persa en
el piso. Dos lámparas de pie arrojaban una tenue luz amarilla. Una lámpara con una verde pantalla en
forma de rombo, se mantenía de pié en el escritorio, junto a un humidor. Y junto al humidor estaban
los últimos tres libros escritos por Mike Enslin. Ediciones de bolsillo, por supuesto; no había habido
ediciones en tapa dura. Mi anfitrión ha estado haciendo un poco de investigación por su cuenta,
pensó Mike.
Mike se sentó enfrente del escritorio. Esperaba que Olin se sentase detrás del mismo, pero Olin lo
sorprendió. Se sentó en la silla de al lado de Mike, cruzado sus piernas, luego se inclinó sobre su
pulcro pequeño abdomen para tocar el humidor.
"¿Un cigarro, Sr. Enslin?"
"No, gracias. No fumo."
Los ojos de Olin se dirigieron al cigarrillo detrás de la oreja derecha de Mike - y puesto en forma
elegante, como el de algún viejo reportero de antaño tendría su próximo cigarrillo detrás de su placa
de identificación tipo PRENSA ubicado en la faja de su sombrero de fieltro. El cigarrillo se había
vuelto tan parte de sí mismo que Mike no supo que estaba mirando Olin. Entonces riendo, lo tomó,
primero mirando el cigarrillo y luego a Olin.
"No he fumado uno en nueve años," dijo. "Tuve un hermano mayor que murió de cáncer de pulmón.
Dejé después que él murió. El cigarrillo detrás de la oreja…" Se encogió de hombros. "Parte cariño,
parte superstición, supongo. Como la camisa hawaiana. O los cigarrillos que a veces ves en
escritorios o paredes, dentro de alguna cajita con un cartel que dice ROMPER EL VIDRIO EN
CASO DE EMERGENCIA. ¿Tiene la habitación 1408 un salón para fumadores, Sr. Olin? ¿Por si
acaso estalla una guerra nuclear?"
"De hecho, sí lo tiene."
" Bueno, " Mike dijo sinceramente, "una cosa menos de que preocuparse en la vigilia de la noche."
El Sr. Olin suspiró de nuevo, pero este suspiro no tenía el desconsuelo que tenía el del vestíbulo. Sí,
era la oficina, Mike supuso. La oficina de Olin, su lugar especial. Incluso esta tarde, cuando Mike
había venido acompañado por Robertson, el abogado, Olin había parecido menos aturdido una vez
que estuvieron aquí dentro. ¿Y por qué no? ¿En que otro lugar te sentirías a cargo más que en tu
lugar especial? La oficina de Olin era una habitación con buenos cuadros en las paredes, una buena
alfombra en el piso, y buenos cigarros en el humidor. Una gran cantidad de gerentes no tuvieron
ninguna duda conduciendo una gran cantidad de negocios aquí desde 1910; a su propia forma era
como Nueva York y la rubia con su vestido negro mostrando-el-hombro, su perfume, y su
inarticulada promesa de suave sexo neoyorquino en las primeras horas de la madrugada.
"Aún no cree que lo pueda disuadir de esa idea suya, ¿no es cierto?" Olin preguntó.
"Sé que no puede," dijo Mike, devolviendo el cigarrillo detrás de su oreja. No acicalaba su pelo con
Vitalis o Wildroot Cream Oil, como esos escritorzuelos de sombrero de fieltro de otros tiempos, pero
él todavía cambiaba el cigarrillo cada día, tanto como se cambiaba de ropa interior. Transpira detrás
de sus oídos; si examina el cigarrillo al final del día, antes de tirar su mortal longitud sin fumar en el
inodoro, Mike podía ver el tímido residuo anaranjado-amarillento del sudor en el fino papel blanco.
Esto no aumentaba la tentación de encender uno. Como había fumado por casi veinte años – treinta
cigarrillos, a veces cuarenta en un día - ahora estaba más allá de eso. Porqué lo había hecho, era una
mejor pregunta.
Olin levantó la pequeña pila de libros de bolsillo del secante. "Espero sinceramente que esté
equivocado."
Mike corrió la cremallera del bolsillo extra de su maletín.
Extrajo un grabador Sony. "¿Le molesta si grabo nuestra conversación, Sr. Olin?"
Olin movió de un lado a otro una mano. Mike apretó RECORD y apareció una pequeña luz roja. Los
carretes comenzaron a girar.
Olin, entretanto, estaba mirando lentamente la pila de libros, leyendo los títulos. Como siempre que
veía sus libros en las manos de algún otro, Mike Enslin sintió la peculiar mezcla de emociones:
orgullo, ansiedad, diversión, desafío, y vergüenza. No tenía porque sentir vergüenza de ellos, lo
habían mantenido por estos últimos cinco años, y no tenía que compartir las ganancias con la
editorial ("putoslibreros" como su agente los llamaba, tal vez con un dejo de envidia), porque había
aparecido con la idea él mismo. Aunque después de que el primer libro se hubiese vendido tan bien,
sólo un imbécil podía haber errado el concepto.
Qué había para escribir después de Frankenstein sino La novia de Frankenstein?
Encima, había ido a Iowa. Había estudiado con Jane Smiley. Había estado una vez en un panel con
Stanley Elkin. Había aspirado alguna vez (absolutamente nadie en su actual círculo de amigos y
conocidos tenía la menor idea de esto) en ser publicado como el Poeta más Joven de Yale.
Y, cuando el gerente de hotel comenzó a decir los títulos en voz alta, Mike se encontró deseando no
haber desafiado a Olin con el grabador.
Más tarde escucharía los tonos medidos de Olin e imaginaria oír el desdén en su voz. Tocó el
cigarrillo detrás de su oído sin ser consciente de ello.
"Diez noches en diez casas embrujadas, " leyó Olin. "Diez noches en diez Cementerios embrujados.
Diez noches en diez castillos embrujados." Miro a Mike con una tenue sonrisa en las esquinas de su
boca. "Fue a Escocia en ese. Por no decir los Bosques de Viena. Y todo deducible de impuestos,
¿correcto? Los fantasmas son, después de todo, su negocio."
"¿Qué me esta queriendo decir?"
"Es susceptible a esto, ¿no es así?" Preguntó Olin.
"Susceptible, sí. Vulnerable, no. Si está esperando persuadirme de irme de su hotel criticando mis
libros..."
" No, de ningún modo. Soy curioso, nada más. Envié a Marcel - es el conserje diurno - para
conseguirlos hace dos días, la primera vez que apareció con su… solicitud."
"Era una demanda, no una solicitud. Lo es, todavía. Escuchó al Sr. Robertson; La ley Estatal de
Nueva York - por no mencionar dos leyes de derechos civiles federales - le prohibe negarme una
habitación específica, si la solicito y la misma se encuentra vacante. Y la 1408 está vacante. La
habitación 1408 está siempre vacante por estos días."
Pero el Sr. Olin no se desvió del tema de los últimos tres libros de Mike - todos ellos, de los mas
vendidos en el New York Times -, no todavía. Simplemente los miró por tercera vez. La suave luz de
la lámpara se reflejaba en sus brillantes cubiertas. Había una gran cantidad de púrpura en las
cubiertas. El púrpura vendía los libros de terror más que cualquier otro color, le habían dicho a Mike.
"No tuve oportunidad para hojearlos hasta hoy temprano en la tarde," dijo Olin "He estado bastante
ocupado. Generalmente lo estoy. El Dolphin es chico para los estándares de New York, pero estamos
al noventa por ciento de ocupación y normalmente los problemas vienen por la puerta de entrada con
cada huésped."
"Como yo."
Olin sonrió un poco. "Diría que Ud. es un problema especial, señor Enslin. Ud. y su señor Robertson
y todas sus amenazas."
Mike se sintió irritado nuevamente. No había hecho ningún tipo de amenazas, a menos que
Robertson fuera una amenaza. Y se había visto forzado a usar un abogado, como un hombre se podría
haber visto forzado a usar una palanca para abrir un locker mohoso que no se puede abrir con su
llave.
El locker no es tuyo, una voz interior le dijo, pero las leyes del estado y el país decían lo contrario.
Las leyes dicen que la habitación 1408 en el Hotel Dolphin era suya si la quería, siempre y cuando
nadie más la esté ocupando primero.
Se dio cuenta que Olin le estaba mirando, todavía con esa tímida sonrisa. Como si supiera el diálogo
interno de Mike casi palabra por palabra. Era un sentimiento incómodo, y Mike estaba encontrando
la reunión inesperadamente incómoda. Se sentía a la defensiva desde que había sacado el grabador
(que generalmente era intimidante) y lo había encendido.
"Si algo de todo esto tiene un objetivo, Sr. Olin, me temo haberlo perdido hace un rato. Y he tenido
un día largo. Si nuestra discusión sobre la habitación 1408 esta terminada, me gustaría ir arriba y..."
"Leí un. . . ¿uh, como los llamaría? ¿Ensayos? ¿Cuentos?"
Pagadores-de-cuentas eran como Mike les llamaba, pero no tenía intención de decir eso con la cinta
corriendo. Ni siquiera sabiendo que era su cinta.
"Historias." Decidió Olin. "Leo una historia de cada libro. La de la casa Rilsby en Kansas del libro
Casas Embrujadas... "
" Ah, sí. Los asesinatos del hacha." El tipo que había descuartizado a los seis miembros de la familia
de Eugene Rilsby nunca había sido atrapado.
"Exactamente. Y el de la noche en que acampó en las sepulturas de los amantes que se habían
suicidado en Alaska - los mismos que algunas personas dicen que ven alrededor de Sitka - y el que
cuenta la noche que paso en el castillo Garstaby. Éste es, en realidad, bastante divertido. Me
sorprendió."
El oído de Mike estaba cuidadosamente sintonizado para captar las notas de desdén sobre los
comentarios de sus libros Diez Noches, y no tenía ninguna duda que, a veces, oía el desdén aunque
no fuera así - Mike había descubierto que pocas criaturas en la tierra son tan paranoicas como el
escritor que cree, en el fondo de su corazón, que está haciendo algo miserable - pero creía que no
había ningún tipo de desdén en este comentario.
"Gracias," dijo. "Supongo." Echó una ojeada a su grabador.
Normalmente su pequeño ojo rojo parecía estar mirando el otro tipo, retándolo a decir cualquier cosa
desatinada. Esta tarde parecía estar mirando a Mike.
"Oh sí, lo dije como un cumplido." Olin tocó los libros. "Espero poder terminar con éstos… pero por
la escritura. Es la forma de escribir lo que me gusta. Me sorprendí riéndome acerca de sus aventuras
sobrenaturales en el castillo Gartsby, y estoy sorprendido de encontrarlo tan bueno. Tan sutil.
Esperaba más hachazos y cuchilladas."
Mike se preparó para lo que casi seguro vendría después, la versión de Olin de que hace una chica
linda como tú en un lugar como este. Olin, administrador de hoteles urbanos, hospedando a mujeres
rubias que vestían vestidos negros en la noche, tímidos hombres que vestían esmoquin y escuchaban
viejas canciones como "Night and Day" en el bar del hotel. Olin que probablemente leía a Proust en
sus noches libres.
"Pero estos libros son perturbadores, también. Si no los hubiera leído, no creo que me hubiera
molestado en esperarlo, esta tarde. Una vez que vi al abogado con su portafolio, supe que querría
quedarse en esa habitación maldita, y nada de lo que podría decir cambiaría eso. Pero los libros…"
Mike apagó el grabador - ese ojo rojo que lo miraba fijamente estaba empezando a darle escalofríos.
"¿Quiere saber porqué estoy haciendo esto? ¿Es eso?"
"Asumo que usted lo hace por el dinero," dijo Olin apaciblemente. "Y usted ha recorrido un largo
camino, al menos en mi opinión. . . aunque es interesante que usted haya llegado tan agudamente a
esa conclusión."
Mike sintió calor en sus mejillas. No, en modo alguno estaba siendo de la forma que había esperado;
nunca había apagado su grabador en el medio de una conversación. Pero Olin no era lo que le había
parecido. Me confundieron sus manos, Mike pensó. Esas pequeñas manos de gerente gordinflón con
sus limpias uñas arregladas.
"Lo que me inquietaba - lo que me asustaba - era que estaba leyendo el trabajo de un inteligente y
talentoso hombre que no creía una sola cosa de lo que escribía."
Eso no era exactamente verdad, pensó Mike. Había escrito tal vez dos docenas de historias en las
cuales creía, en realidad había publicado unas pocas. Había escrito montones de poemas en los cuales
había creído durante sus primeros dieciocho meses en Nueva York, cuando se había muerto de
hambre mientras trabajaba para The Village Voice. Pero ¿creía que el fantasma sin cabeza de Eugene
Rilsby caminaba en su casa desierta de Kansas bajo la luz de la luna? No. Había pasado la noche en
esa casa, acampado en el sucio piso de linóleo, y lo más temeroso que había visto fueron dos ratones
corriendo a lo largo del zócalo. Había pasado una calurosa noche de verano en las ruinas del castillo
transilvano donde Vlad Tepes supuestamente todavía vivía; los únicos vampiros que aparecieron
fueron una nube de mosquitos europeos. Durante la noche en que acampó a un lado de la sepultura
del asesino en serie Jeffrey Dahmer, una figura blanca llena de sangre llevando un cuchillo había
aparecido, pero las risitas entrecortadas de los amigos de la aparición la alejaron, y Mike Enslin no
había estado tan impresionado, de cualquier modo; sabía reconocer un fantasma adolescente con un
cuchillo de goma cuando lo veía. Pero no tenía ninguna intención de decirle todo esto a Olin. No
podía permitirlo...
Excepto, que sí pudo. El grabador (un error desde el vamos, ahora lo entendió) desapareció de nuevo,
y esta reunión se estaba volviendo demasiado off the record. Además, había comenzado a admirar a
Olin en una forma bastante extraña. Y cuando admiras a un hombre, quieres decirle la verdad.
"No" dijo, "No creo en demonios siniestros y fantasmas y bestias con piernas gigantes. Pienso que no
existen ese tipo de cosas, porque tampoco creo que exista ningún buen Señor que nos pueda proteger
de ellos. Eso es lo que creo, pero he mantenido una mente amplia desde el principio. Puede que
nunca vaya a ganar el premio Pulitzer por investigar El Fantasma Aullante del Cementerio Mount
Hope, pero hubiera escrito bastante sobre él si alguna vez hubiera salido a la luz."
Olin dijo algo, sólo una palabra, pero demasiado bajo para que Mike la pudiera oír.
"¿Perdón?"
"Dije: no" Olin lo miraba casi apologéticamente.
Mike suspiró. Olin pensaba que él era un mentiroso. Cuando se llega a ese punto, las únicas opciones
eran o agarrarse a trompadas o desligarse totalmente de la discusión. "¿Por qué no dejamos esto para
otro día, Sr. Olin? Solo quisiera subir y cepillar mis dientes. Tal vez vea materializarse a Kevin
O'Malley detrás de mí en el espejo del baño."
Mike empezó a levantarse de su silla, y Olin extendió una de sus manos gordinflonas,
cuidadosamente arregladas, para pararle. "No le estoy diciendo mentiroso," le dijo, "pero, Sr. Enslin,
Ud. no cree. Los fantasmas raramente aparecen a aquellos que no creen en ellos, y cuando lo hacen,
son raramente vistos. ¡Vaya, puede que Eugene Rilsby haya lanzando su cercenada cabeza rodando
todo a lo largo del vestíbulo delantero de su casa, y Ud. no haya escuchado ni una sola cosa!"
Mike se puso de pie, inclinándose para agarrar su maletín. "Si fuese así, no tendría nada de que
preocuparme en la habitación 1408, ¿no es cierto?"
"Pero tiene de que preocuparse," dijo Olin. "Seguro. Porque no hay ningún fantasma en la habitación
1408 y nunca lo hubo. Hay algo ahí dentro - lo he sentido yo mismo - pero no es una presencia
espiritual. En una casa abandonada o un castillo viejo, su incredulidad le puede servir como
protección. En la habitación 1408, sólo lo volverá más vulnerable. No lo haga, Sr. Enslin. Es por eso
que le he esperado esta noche, para pedirle, para rogarle, que no lo haga. De todas las personas en la
tierra que no pertenecen a esa habitación, el hombre que escribió esos alegres libros de verdaderos
fantasmas es el que lidera la lista."
Mike escuchó esto y, al mismo tiempo, no lo hizo. Y apagaste el grabador! Olin estaba delirando.
Me avergonzó hasta el momento en que lo apagué y entonces él se convierte en Boris Karloff,
anfitrión del All-Star Spook Weekend! Puta Madre. Lo citaré de cualquier modo. Si no le gusta,
dejaré que me demande.
De repente él estaba muy ansioso por subir, no sólo para poder terminar su larga noche en un
esquinero cuarto de hotel, sino porque deseaba poder transcribir lo que Olin acababa de decirle,
mientras todavía estuviera fresco en su memoria.
"Tome un trago, Sr. Enslin."
"No, realmente..."
El Sr. Olin metió la mano en el bolsillo de su saco y saco una llave en un largo latón de bronce. El
latón parecía viejo, arañado y descolorido.
En relieve estaban los números 1408. "Por favor," dijo Olin. "Hágame el favor. Deme diez minutos
más de su tiempo - lo suficiente como para tomar un escocés - y le daré esta llave. Daría casi
cualquier cosa por ser capaz de cambiar su opinión, pero me gusta pensar que puedo reconocer lo
inevitable cuando lo veo."
¿"Todavía usan llaves aquí?" Mike preguntó. "Es, en cierta medida, un toque delicado. Antiguo."
"El Dolphin cambió al sistema de tarjetas magnéticas en 1979, Sr. Enslin, el año en que tomé el
trabajo como gerente. La 1408 es la única habitación en el hotel que todavía se abre con llave. No
existía ninguna necesidad de poner una cerradura para tarjetas magnéticas en su puerta, porque nunca
está ocupada; la última vez que estuvo ocupada por un huésped fue en 1978."
"No me joda!" Mike se sentó de nuevo, y preparó el grabador de nuevo. Apretó RECORD y dijo, "El
gerente Olin declara que la habitación 1408 no se alquila a un huésped desde hace veinte años."
"Da lo mismo que la 1408 haya necesitado una cerradura para tarjetas magnéticas en su puerta,
porque estoy completamente seguro que el dispositivo no hubiera funcionado. Los relojes digitales
no funcionan en la habitación 1408. A veces corren hacia atrás, a veces simplemente se apagan, pero
no puede saber la hora con ellos. No en la habitación 1408, no puede. Lo mismo pasa con las
calculadoras de bolsillo y los teléfonos celulares. Si está usando un beeper, Sr. Enslin, le aconsejo
que lo apague, porque una vez que esté en la habitación 1408, empezará a emitir un sonido corto y
agudo cuando se le dé la gana." Hizo una pausa. "Y apagarlo no es ninguna garantía, tampoco; puede
encenderse solo. La única solución es sacarle las baterías." Apretó STOP en el grabador sin mirar los
botones; Mike supuso que él usaba un modelo similar para dictar memos. "En realidad, Sr. Enslin, la
única solución segura es irse a la mierda de esa habitación."
"No puedo hacer eso," dijo Mike, agarrando el grabador y guardándolo otra vez, "Pero pienso que
tengo tiempo para tomar ese trago."
Mientras que Olin servía los tragos en el bar de roble debajo de una pintura al óleo de la Quinta
Avenida de fin de siglo, Mike le preguntó cómo, si la habitación había estado continuamente
desocupada desde 1978, Olin sabía que esos artefactos de alta tecnología no funcionaban dentro.
"No tuve la intención de darle la impresión de que nadie ha puesto un pie a través de esa puerta desde
1978," Olin contestó. "Primero, están las mucamas que, una vez por mes, le dan al lugar una
pequeña limpieza. Eso significa..."
Mike, que había estado trabajado en Diez Habitaciones de Hotel Embrujadas por cerca de cuatro
meses hasta ese momento, dijo: "Sé lo que significa." Una pequeña limpieza en una habitación
desocupada incluye la apertura de las ventanas para cambiar el aire, desempolvar, suficiente Ty-DBowl
en el retrete para volver el agua un tanto azul, un cambio de toallas. Probablemente no el
cambio de la ropa de cama, no en una pequeña limpieza. Se preguntó si debió haber traído su bolsa
de dormir.
Cruzando la alfombra persa desde el bar con sus bebidas en sus manos, Olin parecía leer la mente de
Mike. "La ropa de cama fue cambiada esta misma tarde, Sr. Enslin."
"Porque no deja de llamarme así? Llámeme Mike."
"No creo que yo esté cómodo llamándolo así," dijo Olin, entregándole a Mike su bebida. "Aquí
tiene."
"A su salud." Mike alzó su vaso, intentando chocarlo contra el vaso de Olin, pero Olin lo echó para
atrás.
"No, a la suya, Sr. Enslin. Insisto. Esta noche ambos debemos brindar por usted. Lo necesitará."
Mike suspiró, chocando el borde de su vaso contra el de Olin, y dijo: "A mi salud. Usted habría
estado bien en una película de horror, Sr. Olin. Podría haber hecho del tenebroso mayordomo que
intenta advertir a la pareja de jóvenes recién casados acerca del Castillo Doom."
Olin se sentó. "Es un rol que no tengo que hacer seguido, gracias a Dios. La habitación 1408 no se
encuentra en cada lista de sitios en Internet acerca de hechos paranormales o en links psíquicos..."
Eso cambiará después de mi libro, pensó Mike, tomando su bebida.
"...y no existe ningún tour de fantasmas con alguna parada en el Hotel Dolphin, aunque hacen
paradas en el Sherry-Netherland, el Plaza, y en el Park Lane. Hemos mantenido la 1408 lo más
discreta posible…aunque, por supuesto, la historia siempre ha estado allí para algún afortunado y
tenaz investigador."
Mike se permitió una pequeña sonrisa.
"Veronique cambió las sabanas, " dijo Olin. "La acompañé. Debería sentirse halagado, Sr. Enslin; es
casi como tener su ropa de cama puesta por la realeza. Veronique y su hermana vinieron al Dolphin
como camareras en 1971 ó 72. Vee, así es como la llamamos, es la empleada más antigua del Hotel
Dolphin, con al menos seis años de antigüedad más que yo. Desde entonces ha sido ascendida a ama
de llaves principal. Supongo que no ha cambiado una sábana en seis años hasta hoy, pero ella solía
hacer todos los trabajos en las habitación 1408—ella y su hermana—hasta 1992. Veronique y Celeste
eran mellizas, y el lazo entre ellas parecía hacerlas... ¿Cómo lo puedo decir? Inmunes a la habitación
1408 no es la palabra, pero casi… al menos para los cortos períodos de tiempo que se necesitaban
para darle a la habitación una pequeña limpieza."
"No me dirá que la hermana de esta Veronique murió en la habitación, ¿no es así?"
"No, para nada, " dijo Olin. "Dejó de trabajar aquí alrededor del 1988, sufriendo una enfermedad.
Pero no descarto la idea de que la 1408 pueda haber jugado un rol en su condición mental y física."
"Parece que nos tenemos cierta simpatía, Sr. Olin. Espero no hecharla a perder si le digo que
encuentro eso ridículo."
Olin río. "Muy terco para un estudioso del mundo etéreo."
"Se lo debo a mis lectores, " Mike dijo suavemente.
"Supongo que simplemente pude haber dejado a la 1408 como estaba durante la mayor parte de los
días y noches," El gerente del hotel meditó. "La puerta cerrada, las luces apagadas, las persianas
bajas para impedir que el sol arruine alfombra, la colcha corrida, el menú del desayuno sobre la
cama…pero no puedo soportar imaginar el aire sofocante y viejo, como el aire de un ático. No puedo
soportar imaginar al polvo amontonándose hasta que se vuelva grueso y esponjoso.
¿Eso, en que me convierte, en una persona quisquillosa u obsesiva?"
"Lo convierte en un gerente de hotel."
"Supongo. En todo caso, Vee y Cee limpiaron esa habitación - muy rápido, entraban y salían - hasta
que Cee se retiró y Vee consiguió su primer gran ascenso. Después de eso, tuve otras mucamas para
hacerlo, también de a pares, siempre escogiendo las que se llevaran bien mutuamente..."
"¿Esperando que ese vinculo sea suficiente para resistir a los fantasmas?"
"Si, así es. Y puede burlarse de los fantasmas de la habitación 1408 tanto como le desee, Sr. Enslin,
pero los sentirá casi al instante, de eso puedo dar palabra. Cualquier cosa que haya en esa habitación,
no es tímida.”
"Muchas veces - todas las que podido - he entrado con las mucamas, para supervisarlas." Hizo una
pausa y, entonces añadió, casi de mala gana, "para sacarlas, supongo, en caso de que algo realmente
feo sucediera. Nunca pasó nada. Hubo muchas a las que les daba ataques de llantos, una a la que le
dio un ataque de risa - no sé porque alguien riendo histéricamente es más aterrador que alguien
llorando, pero lo es - y algunas que se desmayaban. Nada demasiado terrible, sin embargo. Durante
todos estos años tuve tiempo de hacer unos cuantos experimentos básicos - beepers y celulares y
cosas así - pero nada demasiado terrible. Gracias a Dios." Hizo una pausa de nuevo, entonces añadió
en un tono apagado, raro: "Una de ellas se volvió ciega."
"¿Que?"
"Ciega. Rommie Van Gelder, ésa era. Estaba desempolvando la parte superior de la televisión, y de
repente comenzó a gritar. Le pregunté que pasaba. Dejó caer el trapo y puso sus manos sobre sus
ojos, gritando que estaba ciega... pero que podía ver los más horribles colores. Desaparecieron tan
pronto como logré sacarla a través de la puerta, y en el momento en que conseguí llevarla hacia el
vestíbulo del ascensor, su vista había comenzado a regresar."
¿"Me está diciendo todo esto sólo para asustarme, Sr. Olin, no es así? Para que desaparezca."
"En realidad, no. Conoce la historia de la habitación, empezando con el suicidio de su primer
ocupante."
Mike la conocía. Kevin O'Malley, un vendedor de máquinas de coser, se suicidó un 13 de Octubre de
1910, un suicida que había dejado una esposa y siete niños.
"Cinco hombres y una mujer han saltado desde la ventana de esa habitación, Sr. Enslin. Tres mujeres
y un hombre han tomado dosis excesivas de píldoras en esa habitación, dos fueron encontrados en la
cama, dos encontrados en el baño, uno en la bañadera y uno sentando mientras se hundía súbitamente
en el inodoro. Un hombre colgado en el armario en 1970..."
"Henry Storkin" dijo Mike. "Probablemente fue accidental…asfixia erótica."
"Tal vez. También Randolph Hyde, que se cortó las muñecas, y entonces cortó sus genitales, para
completar la cosa, mientras se desangraba hasta morir. Ese no fue asfixia erótica. El punto es, Sr.
Enslin, si no se lo puede persuadir con un registro de doce suicidios en sesenta y ocho años, dudo que
los jadeos y arritmias de unas cuantas camareras lo hagan."
Jadeos y arritmias, eso esta bueno, Mike pensó, y se preguntó si podría usarlo en el libro.
"Pocas mucamas que han ingresado a la 1408 durante estos años han tenido ganas de volver más que
unas pocas veces." Olin dijo, y terminó su vaso en un corto trago.
"Excepto por las mellizas francesas."
"Vee y Cee, es cierto." Olin asintió.
A Mike no le importaba mucho el tema de las mucamas y su…¿cómo lo había llamado Olin? Sus
jadeos y arritmias. Se sentía ligeramente irritado por la lista de suicidios hecha por Olin…como si
Mike fuera tan estúpido de olvidarse, no del hecho en sí, sino de su importancia. Excepto que,
realmente, ahí no había nada importante. Tanto Abrahám Lincoln como John Kennedy habían tenido
vicepresidentes de apellido Johnson; los apellidos Lincoln y Kennedy tenían siete letras; ambos
Lincoln y Kennedy habían sido elegidos en años que terminaban en 60. ¿Que probaban todas estas
cosas?. Ni una maldita cosa.
"Los suicidios quedarán perfectos en mi libro, " dijo Mike, "pero como el grabador está apagado, le
puedo decir que sería igual a lo que un estadista conocido mío llama ‘el efecto racimo’."
"Charles Dickens lo llamó ‘el efecto papa’" dijo Olin.
"¿Perdón?"
"Cuando el fantasma de Jacob Marley habló por primera vez con Scrooge, Scrooge le dijo que podría
ser nada más que una gota de mostaza o un pedazo de papa cruda."
"¿Eso es un chiste?" Mike preguntó, fríamente.
"Nada de todo esto me parece gracioso, Sr. Enslin. En modo alguno. Escuche muy atentamente, por
favor. La hermana de Vee, Celeste, murió de un ataque al corazón. En ese momento, ella estaba
sufriendo una fase media de Alzheimer, una enfermedad que la atacó a muy temprana edad."
"Sin embargo su hermana se encuentra en buen estado de salud, según lo que dijo antes. Una feliz
historia americana, de hecho. Como usted, Sr. Olin, por lo que se puede ver. Y ha entrado a la
habitación 1408, ¿cuántas veces? ¿Cien? ¿Doscientas?"
"Por períodos de tiempo muy cortos" dijo Olin. "A lo mejor es como entrar a una habitación llena de
gas tóxico. Si uno mantiene el aliento, puede estar bien. Veo que no le gusta esta comparación. Sin
duda la encuentra un tanto forzada, tal vez ridícula. Sin embargo, creo que es una buena
comparación."
Puso sus dedos debajo de su barbilla.
"También es posible que algunas personas reaccionen más rápidamente y más violentamente a
cualquier cosa que viva en esa habitación, igual que aquellas persona que van a bucear y están más
propensas a los efectos de la descompresión que a otras... Cerca de cumplir un siglo de
funcionamiento, el personal del hotel ha estado consiente cada vez más que la 1408 es una habitación
envenenada. Es parte de la historia del hotel, Sr. Enslin. Nadie habla sobre ello, como nadie
menciona el hecho de que aquí, como en la mayor parte de los hoteles, el decimocuarto piso es en
realidad el decimotercero…pero lo saben. Si todos los hechos y registros pertenecientes a esa
habitación estuvieran disponibles, hablarían de una historia asombrosa... más incómoda que lo que
sus lectores podrían disfrutar. Debo suponer, por ejemplo, que cada hotel en Nueva York ha tenido
sus suicidios, pero estaría dispuesto a apostar mi vida que sólo en el Dolphin ha habido una docena
de ellos en una sola habitación. Y dejando de lado a Celeste Romandeau, ¿qué me puede decir de las
muertes naturales en la 1408? ¿Las llamadas muertes naturales?"
¿"Cuántas ha habido?" La idea de muertes naturales en la 1408 no se le había ocurrido.
"Treinta" contestó Olin. "Treinta, por lo menos. Que yo conozca, treinta."
"¡Está mintiendo!" Las palabras salieron de su boca antes de que se diera cuenta.
"No, Sr. Enslin, le aseguro que no lo estoy. Realmente piensa que dejaríamos una habitación vacía
solo por supersticiones de ciertas viejas esposas insípidas o tradiciones ridículas de Nueva York... la
idea, quizá, que cada buen hotel deba tener al menos un espíritu inquieto, yendo de un lado a otro en
la Habitación de las Cadenas Invisibles?"
Mike Enslin comprendió que, precisamente esa idea - no pronunciada, pero que estaba allí, lo cual es
lo mismo - había estado rodeando su nuevo libro Diez Noches. Escuchar a Olin mofarse con los
irritados tonos de un científico mofándose de las supercherías de un nativo no hizo nada para calmar
su mortificación.
"Tenemos nuestras supersticiones y tradiciones en el comercio de la hotelería, pero no obstaculizan
el negocio, Sr. Enslin. Hay un viejo dicho del Medio Oeste, donde comencé en este negocio: 'No hay
ninguna habitación ventosa cuando los ganaderos están en la ciudad.' Si tenemos habitaciones vacías,
las llenamos. La única excepción que he hecho a esa regla - y la única conversación como esta que
haya tenido alguna vez - es la habitación 1408, una habitación en el decimotercer piso cuyos números
también suman trece."
Olin miró directamente a Mike Enslin.
"Es una habitación en la que hubo no sólo suicidios, sino también parálisis, ataques al corazón y
epilépticos. Un hombre que paró en esa habitación - esto fue en 1973 - apareció aparentemente
ahogado en un tazón de sopa. Sin duda le parece una ridiculez, pero hablé con el hombre que era el
jefe de seguridad del hotel en ese momento, y vio la partida de defunción. El poder de lo que sea que
viva en esa habitación parece ser menor alrededor del mediodía, que es cuando las limpiezas de la
habitación se realizan, y sin embargo tengo noticias de varias mucamas que han estado en esa
habitación que padecen, hoy por hoy, problemas de corazón, enfisema, diabetes. Hubo un problema
en la calefacción en el piso hace tres años, y el Sr. Neal, el ingeniero de mantenimiento principal en
aquel tiempo, tuvo que entrar en varias de las habitaciones para verificar los calefactores. La 1408
fue una de ellas. El Sr. Neal parecía estar bien - tanto en la habitación como después - pero murió a la
tarde siguiente de una hemorragia cerebral masiva."
"Coincidencia" dijo Mike. Sin embargo él no podía negar que Olin era bueno. Si el hombre hubiera
sido consejero de campo, habría ahuyentado al noventa por ciento de los pequeños a sus casas
después de la primera vuelta de cuentos de fantasmas alrededor del fuego.
"Coincidencia" repitió Olin en voz baja, un tanto desdeñoso.
Sostuvo la vieja llave en su viejo latón.
"¿Cómo está su corazón, Sr. Enslin? Por no decir nada de su presión sanguínea y su condición
psicológica"
Mike se encontró haciendo un consiente esfuerzo para alzar su mano... pero una vez que consiguió
moverla, no tuvo problemas. Alcanzó las llaves sin el menor temblor de las puntas de los dedos,
hasta donde pudo ver.
"Todo bien" dijo, agarrando el latón. "Además tengo puesta mi camisa hawaiana de la suerte."
Olin insistió en acompañar a Mike al decimocuarto piso en el ascensor, y Mike no puso ninguna
objeción. Estaba interesado en ver que, una vez fuera de su oficina, caminando por el vestíbulo que
llevaba a los elevadores, el hombre volvía a ser una persona más complaciente; volvió a ser, una vez
más, el pobre Sr. Olin, el lacayo que había caído en las garras del escritor.
Un hombre en un esmoquin - Mike supuso que era o el gerente del restaurante o el maitre - los paró,
ofreciéndole a Olin un delgado fajo de papeles, mientras murmuraba algo en francés. Olin, también
murmuró algo, y rápidamente puso su firma en las hojas. El tipo de la barra estaba tocando "Autumn
in New York." Desde esta distancia, tenía un sonido tipo eco, como la música de los sueños.
El hombre en el esmoquin dijo "Merci bien" y siguió su camino. Mike y el gerente del hotel
siguieron el suyo. Olin preguntó de nuevo si podía llevar el maletín de Mike, y Mike se rehusó de
nuevo. En el ascensor, Mike se encontró mirando la triple fila de limpios botones. Todo estaba donde
debía estar, no había ningún error... y sin embargo, si mirabas con cuidado, veías que sí lo había. El
botón con el piso 12 era seguido por el piso 14. Como si, Mike pensó, pudiesen hacer desaparecer el
piso omitiéndolo del panel de control de un ascensor.
Tonterías…y sin embargo Olin tenía razón; se hacía en todo el mundo.
Cuando el ascensor empezó a subir, Mike dijo, "Me siento curioso sobre algo. ¿Porque simplemente
no inventó un residente ficticio para la habitación 1408, si está tan asustado como parece? ¿O, Sr.
Olin, por qué no la declara como su propia residencia?"
"Supongo que tuve miedo de ser acusado de fraude, no por las personas responsables de los derechos
estatales y de los estatutos civiles federales - las personas del hotel se sienten acerca de las leyes de
derechos civiles como sus lectores se sienten, probablemente, golpeando cadenas por la noche - sino
por mis jefes, si lo llegasen a descubrir. Si no lo puedo persuadir de que no entre a la habitación
1408, dudo mucho que pueda tener más suerte para convencer a la junta directiva de Stanley
Corporation que saque a una habitación en buen estado del mercado porque temo que haya espectros
que causen que algún ocasional vendedor de viaje pueda saltar por la ventana y se desparrame por
toda la Calle Sesenta y Uno."
Mike encontró que esto era lo más inquietante que Olin había dicho hasta ahora.
Porque no está intentando convencerme más, pensó. Cualquier poder que él haya tenido en su
oficina - quizá es cierta vibración que sube desde la alfombra persa - lo pierde fuera de ella. Su
capacidad la mantiene, sí, se podía ver eso cuando firmó los papeles del maitre, pero no el arte de
vender. Pero no su magnetismo personal. No aquí. Pero lo cree. Lo cree todo.
Sobre la puerta, desapareció el numero 12 y apareció el 14.
El ascensor paró. La puerta se abrió revelando un pasillo de hotel perfectamente normal, con una
alfombra de color rojo y oro (decididamente, no era persa) e instalaciones eléctricas que parecían
luces a gas del siglo XIX.
"Acá estamos, " dijo Olin. "Su piso. Perdóneme si lo dejo aquí. La habitación 1408 está a su
izquierda, al final del vestíbulo. A menos que sea absolutamente necesario, no me acerco más..."
Mike Enslin salió del ascensor con sus piernas que parecían ser más pesadas de lo que realmente
deberían ser. Se volvió hacia Olin, un pequeño gordiflón en un abrigo negro y una corbata color vino
cuidadosamente anudada. Las arregladas manos de Olin estaban tras él, y Mike vio que la cara del
hombrecillo estaba tan pálida como la crema. En su frente, gotas de transpiración resaltaban.
"Hay un teléfono en la habitación, por supuesto" dijo Olin. "Úselo, si se encuentra en problemas...
pero dudo que vaya a funcionar. No si la habitación no quiere que lo haga."
Mike pensó en una respuesta inteligente, algo sobre cómo un pedido a la habitación podría salvarlo,
al menos, pero de repente su lengua parecía tan pesada como sus piernas. Reposaba al fondo de su
boca.
Olin saco una de sus manos de detrás de la espalda, y Mike vio que estaba temblando. "Sr. Enslin,"
dijo. "Mike. No haga esto. Por el amor de Dios..."
Antes de que pudiera terminar, la puerta del ascensor se cerró, cortando lo que fuera a decir. Mike se
quedó, por un momento, donde estaba, en el perfecto silencio de un hotel en Nueva York en el que
ninguno de sus empleados admitía que era el decimotercer piso del Hotel Dolphin, y pensó en apretar
el botón de llamada del ascensor.
Pero si lo hacía, Olin ganaría. Y habría un gran agujero donde debería haber estado el mejor capítulo
de su nuevo libro. Los lectores no lo sabrían, su editor y su agente no lo sabrían, Robertson el
abogado no lo sabría…pero él, sí.
En lugar de apretar el botón de llamada, tocó el cigarrillo detrás de su oreja - ese viejo y distraído
gesto que ya no sabía que hacía - y sacudió rápida y ligeramente el cuello de su camisa de la suerte.
Entonces, camino por el pasillo hacia la habitación 1408, balanceando su maletín a su lado.
II
El artefacto más interesante dejado como resultado de la corta vigilia de Mike Enslin (duró cerca de
setenta minutos) en la habitación 1408 fueron los once minutos de grabación que registró en su
grabador, la cual estaba algo quemada pero no destruida. Lo fascinante sobre la narración era lo corta
que era. Y cuan rara llegaba a ser.
El grabador había sido un regalo de su ex esposa, de quién seguía siendo amigo, cinco años atrás. En
su primera "expedición” (la granja de Rilsby en Kansas) él lo llevó casi como una idea de último
momento, junto con cinco blocs de notas amarillos y una caja de cuero llena de lápices afilados. Para
cuando alcanzó la puerta de la habitación 1408 en el Hotel Dolphin, tres libros después, sólo llevaba
una pluma y la libreta, más cinco casetes de noventa minutos nuevos, además del que había puesto en
la máquina antes de dejar su apartamento.
Había descubierto que la narración le servía más que tomar notas; era capaz de conservar anécdotas,
algunas de ellas condenadamente geniales, mientras sucedían - los murciélagos que lo habían
bombardeado en la supuesta torre embrujada del Castillo Gartsby, por ejemplo. Había chillado como
una niña en su primer viaje a una casa embrujada.
Sus amigos se divertían siempre que lo escuchaban.
El pequeño grabador era más práctico que las notas escritas, también; especialmente cuando estás en
un frío cementerio de New Brunswick y una ráfaga de lluvia y viento derrumba tu tienda a las tres de
la mañana.
No podías tomar buenas notas en tales circunstancias, pero si podías hablar... que era lo que Mike
había hecho, continuar hablando mientras luchaba contra la lona mojada de su tienda, sin perder de
vista el confortable ojo rojo del grabador. A través de los años y las "expediciones," el grabador Sony
se había convertido en su amigo. Nunca había grabado un evento sobrenatural verdadero sobre la
delgada cinta de filamento que corría entre sus carretes, y eso incluía los pocos comentarios
discontinuos que hizo mientras estuvo en la habitación 1408, pero probablemente, no era
sorprendente que le tuviera tanto afecto al artefacto. Camioneros de largos trayectos terminan
amando sus Kenworths y sus Jimmy-Petes; los escritores atesoran cierta pluma o la vieja máquina de
escribir; mucamas que son reacias a dejar las viejas Electrolux. Mike nunca tuvo que hacer frente a
un fantasma real o algún evento psicoquinético sólo con el grabador - su versión de una cruz y un
racimo de ajo - para protegerse, pero él había estado allí en bastantes noches frías e incómodas. Era
terco, pero eso no lo hacía inhumano.
Sus problemas con la 1408 empezaron aún antes que entrara a la habitación.
La puerta estaba torcida.
No mucho, pero estaba torcida, correcto, inclinada sólo un poco a la izquierda. Le hacía pensar en
películas de terror donde el director intentaba indicar angustia mental en alguno de los personajes
inclinando la cámara y haciendo un acercamiento. A esta asociación le siguió otra más – la manera en
que las puertas cuando estás en un barco, y el tiempo está un poco movido, van de un lado a otro, a
diestra y siniestra, tick-tack, hasta que empezabas a sentir algo en tu cabeza y tu estómago. No es que
sintiera algo así en ese momento, pero...
Sí. Me siento un poco así.
Y él lo aceptaría también, si no fuera por la insinuación de Olin sobre su actitud, que hacía que fuera
imposible que sea justo en el campo indudablemente subjetivo del periodismo espectral.
Se inclinó (consciente que la ligera molestia en su estómago desapareció tan pronto desvió la vista de
esa apenas desordenada puerta), abrió la cremallera del bolsillo de su maletín, y sacó su grabador.
Apretó RECORD mientras se enderezaba, vio la pequeña luz roja, y abrió su boca para decir, "La
puerta de la habitación 1408 ofrece su propio saludo; parece haber sido puesta torcida, inclinada
ligeramente a la izquierda."
Dijo La puerta, y eso fue todo. Si escuchas la cinta, puedes escuchar ambas palabras claramente, La
puerta, y entonces se escucha el click del botón STOP. Porque la puerta no estaba torcida. Estaba
derecha. Mike se volvió, miró la puerta de la habitación 1409 a través del vestíbulo, y de nuevo a la
de la 1408. Ambas puertas eran iguales, blancas con números dorados y placas doradas. Ambas
perfectamente rectas.
Mike se inclinó, levantó su maletín con la mano en que tenía el grabador, moviendo la llave, que se
encontraba en su otra mano, hacia la cerradura, entonces se detuvo nuevamente.
La puerta estaba torcida de nuevo.
Esta vez inclinada hacia la derecha.
"Esto es ridículo." Mike murmuró, pero esa molestia en su estómago ya empezaba de nuevo. No era
como mareo; era mareo. Había cruzado a Inglaterra en el QE2 un par de años atrás, y una noche
había sido extremadamente dura. Lo que Mike recordaba más claramente era estar acostado en la
cama, en su camarote, siempre al borde de vomitar pero sintiéndose incapaz de hacerlo. Y cómo el
vértigo le daba más náuseas si mirabas a la puerta... o a una mesa… o a una silla… o a cómo iban y
venían… a diestra y siniestra…tick y tock…
Esto es culpa de Olin, pensó. Es exactamente lo que quiere. Lo armó para esto, compañero. Lo
preparó para esto. Hombre, como se estaría riendo si te pudiera ver. Cómo...
Sus pensamientos se interrumpieron cuando se dio cuenta que era probable que Olin realmente
podría estar viéndolo. Mike miró hacia el pasillo y al ascensor, apenas dándose cuenta que la ligera
molestia de su estómago desaparecía cuando dejaba de mirar la puerta. Arriba y a la izquierda de los
ascensores, vio lo que había esperado: una cámara de circuito cerrado.
Alguno de los idiotas del hotel podría estar mirándolo en este mismo momento, y Mike apostaba que
Olin estaba con él, ambos riendo como monos. Enséñale a entrar aquí haciendo gala de su
importancia y de su abogado, dice Olin. Mírelo! El hombre de seguridad responde, con una sonrisa
cada vez más grande. Blanco como un fantasma, y todavía no tocó la llave de la puerta. Lo atrapó,
jefe! Lo pescó, de cabo a rabo!
Condenado de mierda si lo hace, pensó Mike. Estuve en la casa Rilsby, pasé la noche en la
habitación donde al menos dos de ellos fueron asesinados - y yo dormí, aunque no lo crea. Pasé la
noche junto a la sepultura de Jeffrey Dahmer y a dos tumbas de distancia de la de H.P. Lovecraft;
me cepillé los dientes junto a la bañera donde el señor David Smythe supuestamente ahogó a sus dos
esposas. Las historias de terror dejaron de asustarme hace mucho tiempo. Maldito yo sea, si Ud.
logra hacerlo ahora!
Miró atrás hacia la puerta y la puerta estaba derecha. Gruñó, metió la llave en la cerradura, y la giró.
La puerta se abrió. Mike entró. La puerta, oscilando lentamente, se cerró tras él mientras buscaba la
llave de luz, dejándolo en una oscuridad total (aparte de las luces del edificio de apartamentos de
enfrente que entraban por la ventana). Encontró el interruptor. Cuando lo prendió, las luces del techo,
encerradas en una colección de ornamentos de cristal, se prendieron. Lo mismo con la lámpara de pié
al lado del escritorio del otro lado de la habitación.
La ventana estaba arriba de este escritorio, así alguien que estuviera sentado allí escribiendo, podría
parar su trabajo por un momento y mirar hacia la calle Sesenta y Uno... o saltar a la calle Sesenta y
Uno, si algún impulso lo asaltaba. Sólo que...
Mike soltó su bolsa dentro, cerró la puerta, y apretó RECORD de nuevo. La pequeña luz roja se
encendió. "Según Olin, seis personas han saltado de la ventana que estoy mirando," dijo, "pero yo no
haré ninguna zambullida desde el decimocuarto - perdón, del decimotercer piso del Hotel Dolphin
esta noche. Hay un enrejado de hierro o acero en el exterior. Mejor prevenir que lamentar. La 1408 es
lo que se llama una habitación chica, supongo. La habitación en la que estoy tiene dos sillas, un sofá,
un escritorio, un gabinete que probablemente contenga la TV y quizá un minibar. La alfombra en el
piso es común y corriente - no es parecida a la de Olin, créanme. El empapelado, tampoco. Es…
espera…"
En este punto, el que esté escuchando oye otro clic en la cinta cuando Mike aprieta el botón STOP
nuevamente. Toda la escasa narración de la cinta tiene esa misma calidad fragmentaria, que es
totalmente diferente a las otras ciento cincuenta grabaciones, más o menos, en posesión de su agente
literario. Además, su voz parece más aturdida; no es la voz de un hombre trabajando, es la de un
individuo perplejo que comenzó a hablar consigo mismo sin darse cuenta de ello. La naturaleza
elíptica de las cintas y ese aumento en la distracción verbal se combinan para darle a la mayor parte
de los oyentes un sentimiento distinto, de intranquilidad. Muchos se preguntarán si la cinta estará
apagada mucho antes de que llegue el final. Simples palabras en una pagina no pueden comunicar la
creciente convicción del oyente de que esta escuchando a un hombre perder, si no su mente, sí su
apoyo en la realidad convencional, ya que aun, las llanas palabras en sí mismas sugerían que algo
estaba sucediendo.
Lo que Mike había notado en ese momento eran las pinturas sobre las paredes. Había tres de ellas:
una dama en un traje vespertino estilo los años veinte en una escalera, un buque velero tipo Currier &
Ives, y una del tipo naturaleza muerta, ésta última pintada con un desagradable amarillo-anaranjado,
fundido con tanto las manzanas como con las naranjas y bananas. Las tres pinturas estaban dentro de
un cristal y las tres estaban torcidas. Estuvo a punto de mencionar esto a la cinta, pero ¿qué era tan
inusual, acreedor de ser mencionado, acerca de unas pinturas inclinadas? Que una puerta esté
torcida…bueno, eso tenía un poco de ese viejo hechizo Cabinet of Dr. Caligari. Pero la puerta no
había estado torcida; sus ojos lo habían engañado por un momento, eso fue todo.
La dama en la escalera se inclinaba a la izquierda. Lo mismo el barco, cuyos marineros alineados en
la barandilla miraban a un grupo de peces voladores. El fruto naranja-amarillento - a Mike le parecía
como un tazón de frutos pintado a la luz de un sofocante sol ecuatoriano, un caluroso desierto
pintado por Paul Bowles - se inclinaba hacia la derecha. Aunque generalmente no era un hombre
minucioso, rodeó la habitación, arreglándolos. Mirarlos torcidos de esa forma le hacía sentirse un
tanto enfermo nuevamente. No estaba totalmente sorprendido, tampoco. Uno crece susceptible a ese
sentimiento; lo había descubierto en el QE 2. Le habían dicho que si uno perseveraba durante ese
período, uno generalmente se adaptaba... "piernas de marino" como algunos de los viejos solían
decir.
Mike no había navegado lo suficiente como para conseguir sus piernas de marino, ni le interesaba. Él
utilizaba sus piernas terrestres, y si enderezar los tres cuadros en la sala de la 1408 lo ayudaba, bien
por él.
Había polvo en el cristal que cubría los cuadros. Pasó sus dedos sobre la naturaleza muerta y dejó dos
líneas paralelas. Al tacto, el polvo era grasoso, resbaladizo. Como la seda antes de que se pudra fue
lo que salió de su mente, pero maldito si iba a poner eso en la cinta, también. ¿Cómo iba a saber él
como se siente la seda antes de que se pudra? Era un pensamiento de borracho.
Cuando los cuadros estuvieron derechos, dio un paso atrás y los examinó: la dama con su traje de
etiqueta al lado de la puerta del dormitorio, el buque navegando unos de los siete mares, a la
izquierda del escritorio, y finalmente el detestable (y bastante mal pintado) fruto al lado del gabinete
de la TV. Parte de él esperando que estén torcidos de nuevo, o que se torcieran mientras los miraba -
esa era las forma en que las cosas sucedían en películas como House haunted Hill y en episodios
viejos de The Twilight Zone - pero los cuadros permanecieron perfectamente derechos, como los
había puesto. No, se dijo a sí mismo, no es que hubiese encontrado algo sobrenatural o paranormal en
el regreso a su inclinación inicial; de acuerdo a su experiencia, la reversión era natural en las cosas -
las personas que habían dejado de fumar (tocó el cigarrillo que se encontraba detrás de su oreja, sin
ser consciente de ello) querían volver a hacerlo, y los cuadros que habían estado torcidos desde que
Nixon fue presidente querían seguir estando torcidos. Y ellos han estado aquí mucho tiempo, sin
lugar a dudas, pensó Mike. Si los llegara a descolgar, vería los suaves parches en el empapelado. O
insectos saliendo con dificultad, en la forma en que lo hacen cuando das vuelta una roca.
Había algo un tanto chocante así como desagradable en esa idea; acompañada de una viva imagen de
ciegos insectos blancos rezumando fuera del pálido y viejo protector empapelado, como pus viviente.
Mike levantó el grabador, apretó RECORD, y dijo: "Olin, desde luego, comenzó un tren de
pensamientos en mi cabeza. O una cadena de pensamientos, ¿cuál de los dos? Empezó a inquietarme
con su Delirium Tremens, y, desde luego, ha tenido éxito. No quiero decir…" ¿Quiero decir que
cosa? ¿Ser racista? ¿Era "Delirium Tremens" lo mismo que “Judío Tremens”?. Pero eso era ridículo.
Eso sería "Judíus Tremens" una frase sin sentido.2 Es...
En la cinta, llegado éste punto, terminante y perfectamente articulado, Mike Enslin dice: "Debo
ponerme en contacto conmigo mismo. Ahora." A esto le sigue otro clic mientras apaga el grabador
nuevamente.
Cerró sus ojos y aspiró cuatro veces, manteniendo la respiración hasta una cuenta de cinco antes de
soltarla. Nada como esto le había pasado alguna vez - ni en la supuesta casa embrujada, ni en el
supuesto cementerio embrujado, o el supuesto castillo embrujado. Esto no era como estar
enloqueciendo, o lo que imaginaba que era estar enloqueciendo; esto era como estar drogado con una
droga barata e inservible.
Olin hizo esto. Olin te ha hipnotizado, pero vas a poder quebrarlo. Vas a pasar la puta noche en esta
habitación, y no sólo porque es el mejor lugar en el que alguna vez has estado - dejando de lado a
Olin y el que tengas la maldita mejor historia de fantasmas de la década - sino para que Olin no le
ganara. El y su historia de mierda acerca de cómo treinta personas han muerto aquí dentro, no
ganará. Soy el que está a cargo de la mierda aquí dentro, así que inspira… y expira. Inspira… y
expira. Adentro… y afuera…
Siguió así durante casi noventa segundos, y cuando abrió sus ojos nuevamente, se sintió normal. ¿Los
cuadros en la pared? Todavía derechos. ¿El fruto en el tazón? Todavía amarillo-anaranjado y más feo
que nunca. Fruto del desierto, de seguro. Come un poco y cagarás hasta que duela.
Apretó RECORD. El ojo rojo se encendió. "Tuve un poco de vértigo por un minuto o dos" dijo,
cruzando la habitación hacia el escritorio y la ventana con su malla protectora fuera. "Pudo haber
sido el resultado del cuento de Olin, pero me parece que siento una presencia real aquí." No sentía
nada de eso, por supuesto, pero una vez que quedaba grabado en la cinta podría escribir cualquier
cosa que quisiera. "El aire es rancio. No mohoso o fétido, Olin dijo que el lugar se aireaba cada vez
que lo limpiaban, pero las limpiezas son rápidas y... Si... es rancio. Hey, mira esto."
Había un cenicero en el escritorio, uno de esos chiquitos, hecho de cristal grueso, que usualmente ves
en los hoteles en todas partes, y dentro de él había una caja de fósforos. En el frente estaba el Hotel
2 En el original es un juego de palabras, primero entre “Heebie-Jeebies” y “Hebrew-jeebies”; luego entre éste último y
“Hebrew-Jebrews”
Dolphin. Frente al hotel había un portero sonriente en un uniforme muy viejo, del tipo hombros con
tablas, ojales dorados, y un gorro que parecía pertenecer a un bar gay, colocado en la cabeza de un
motociclista vestido solamente con unos pocos anillos plateados. A un lado y al otro de la Quinta
Avenida y enfrente del hotel había automóviles de otra era... Packardes y Hudsons, Studebakers y
Chrysler New Yorkers.
"La caja de fósforos en el cenicero pareciera ser de 1955," Mike dijo, y lo puso dentro del bolsillo de
su camisa hawaiana de la suerte. "La estoy guardando como recuerdo. Ahora es hora de un poco de
aire fresco."
Se escucha un sonido metálico cuando apoya el grabador, probablemente en el escritorio. Hay una
pausa seguida por unos vagos sonidos y un par de gruñidos de esfuerzo. Después de éstos, otra pausa
y entonces se escucha un chillido. "Exito!" Dijo. Este chillido no es propio de Mike, lo siguiente se
parece más.
"Exito!" Repite Mike, recogiendo el grabador del escritorio. "La mitad inferior no se mueve… parece
estar asegurada con clavos… pero la mitad superior bajó correctamente. Puedo oír el tráfico en la
Quinta Avenida, y todos los sonidos de las bocinas tienen una calidad reconfortante. Alguien está
tocando un saxo, tal vez delante de la plaza, que está cruzando la calle y dos bloques abajo. Me
recuerda a mi hermano."
Mike paró abruptamente, mirando al pequeño ojo de color rojo. Parecía acusarlo. ¿Hermano? Su
hermano estaba muerto, otro soldado caído durante las guerras de tabaco. Entonces se relajó. ¿Y qué?
Éstas eran las guerras espectrales, donde Michael Enslin siempre salió ganador. En cuanto a Donald
Enslin…
"Mi hermano, en realidad, fue comido por los lobos un invierno en la autopista de Connecticut" dijo,
entonces sonrió y apretó STOP. Hay más en la cinta - un poco más - pero esa es la ultima declaración
con cierta coherencia… ésta es, la ultima declaración que se puede atribuir a una mente clara.
Mike giró y miró los cuadros. Todavía colgando perfectamente, eran unos buenos pequeños cuadros.
Esa naturaleza muerta, sin embargo... que cosa jodidamente fea que era!
Apretó RECORD y dijo dos palabras - putas naranjas - en el grabador. Entonces lo apagó de nuevo y
caminó a través la habitación hacia la puerta del dormitorio. Paró al lado de la dama con el traje de
etiqueta y metió la mano en la oscuridad, buscando el interruptor. Tuvo un momento para registrar
(parece piel, como vieja piel muerta) algo malo con el empapelado bajo su palma sudorosa, y
entonces sus dedos encontraron el interruptor. El dormitorio estaba iluminado con una luz
amarillenta procedente de otra de esas fijaciones de cristal suspendidas del techo. La cama doble
estaba oculta por un acolchado de color amarillo-anaranjado.
"¿Porque decir oculta?" Mike preguntó al grabador, entonces empujó el botón de STOP de nuevo.
Dio un paso hacia adentro, fascinado por el ahumado desierto de la colcha, por las tumorosas
salientes de las almohadas debajo de ella. ¿Dormir ahí? Ni loco, señor! Sería como dormir dentro de
la naturaleza muerta, como dormir dentro de la horrible y calurosa habitación de Paul Bowles que no
podrías ni ver, una habitación para lunáticos expatriados ingleses que estaban ciegos por que tenían
sífilis causada por joder a sus madres, una película protagonizada ya sea por Laurence Harvey o
Jeremy Irons, uno de esos actores que naturalmente asociabas con actos antinaturales...
Mike apretó RECORD, el pequeño ojo de color rojo se encendió, dijo "Orfeo en el Circuito de
Orfeo!", hacia el micrófono, entonces apretó nuevamente STOP. Se acercó a la cama. La colcha
brillaba de un color amarillo-anaranjado. El empapelado, tal vez colorado cremoso a la luz del día,
resplandecía del color amarillo-anaranjado de la colcha. Había unas pequeñas mesas de luz a cada
lado de la cama. En una había un teléfono, negro, grande y equipado con un dial. Los agujeros del
dial parecían sorprendidos ojos blancos. En la otra mesa había un plato con un ciruelo encima. Mike
apretó RECORD y dijo: "Ese no es un ciruelo de verdad. Es un ciruelo de plástico." Apretó STOP de
nuevo.
En la cama había un menú. Mike se movió hacia un lado de la cama, siendo bastante cuidadoso como
para no tocar ni la cama ni la pared, y levanto el menú. Intento no tocar la colcha, tampoco, pero las
puntas de sus dedos la rozaron y él gimió. Era blanda en cierta terrible forma equivocada. Sin
embargo, levanto el menú. Estaba en francés, y aunque habían pasado años desde que había tomado
clases, uno de los desayunos parecían ser pájaros asados en mierda. Eso al menos suena como algo
que los franceses podrían comer, pensó, y lanzó una distraída y salvaje risa.
Cerró sus ojos y los abrió.
El menú estaba en ruso.
Cerró sus ojos y los abrió.
El menú estaba en italiano.
Cerró sus ojos, los abrió.
No había ningún menú. Había una pintura de un pequeño muchacho gritando mientras miraba sobre
su hombro al lobo que estaba tragando su pierna izquierda hasta la rodilla. Los oídos del lobo estaban
recostados y parecía un Terrier con su juguete favorito.
No veo eso, Mike pensó, y por supuesto no lo hacía. Sin cerrar sus ojos vio nítidas líneas, cada línea
mostrando un diferente tipo de desayuno. Huevos, wafles, bayas frescas; ningún pájaro asado en
mierda. Todavía...
Se volvió y muy lentamente salió del pequeño espacio entre la pared y la cama, un espacio que ahora
se sentía tan estrecho como una sepultura. Su corazón estaba latiendo tan duro que podía sentirlo en
su cuello y en sus muñecas, así como también en su pecho. Sus ojos estaban palpitando en sus
cuencas. La habitación 1408 estaba mal, sí por cierto, la 1408 estaba muy mal.
Olin había dicho algo sobre gas tóxico, y así era como Mike se sentía: alguien que hubiera sido
envenenado o forzado a fumar hachís junto con insecticida. Olin había hecho esto, por supuesto,
probablemente con la confabulación activa de las personas de seguridad. Bombee el gas tóxico
especial por los respiraderos. Sólo porque no podía ver ningún respiradero no significaba que los
respiraderos no estuvieran allí.
Mike miró alrededor del dormitorio con ojos asustados y abiertos. No había ningún ciruelo en la
mesa a la izquierda de la cama. Ningún plato, tampoco. La mesa estaba vacía. Se volvió, buscando la
puerta que llevaba a la parte posterior de la sala, y se detuvo. Había una pintura en la pared. Él no
podía estar absolutamente seguro - en su estado actual él no podía estar absolutamente seguro ni de
su propio nombre - pero estaba bastante seguro que no había habido ninguna pintura allí cuando
entró por primera vez. Era una naturaleza muerta. Un sencillo ciruelo encima de un plato de hojalata
en el medio de una vieja mesa de madera. La luz que iluminaba el ciruelo y el plato era de un febril
amarillo-anaranjado.
Luz de tango, penso. El tipo de luz que hace que los muertos salgan de sus sepulturas y tango. El
tipo de luz...
"Tengo que salir de aquí," murmuró, y retrocedió hacia la sala. Se dio cuenta que sus zapatos habían
comenzado a hacer extraños sonidos, como si el piso debajo de ellos estuviera creciendo lentamente.
Los cuadros en la pared de la sala estaban torcidos nuevamente, y había otros cambios, también. La
dama en las escaleras se había bajado la parte superior de su vestido, mostrando los pechos. Tenía
uno en cada mano. Una gota de sangre colgaba de cada pezón. Miraba directo a los ojos de Mike y
sonreía ferozmente. Sus dientes estaban afilados como los de un caníbal. En la barandilla del buque
velero, los marineros habían sido reemplazados por pálidos hombres y mujeres. El hombre que se
encontraba a la izquierda de todos, cerca de la proa del buque, llevaba puesto un abrigo de algodón
marrón y tenía un sombrero de hongo en una mano. Su pelo estaba alisado por sobre su frente y con
raya al medio. Su semblante estaba vacío y shockeado. Mike sabía su nombre: Kevin O'Malley, el
primer ocupante de la habitación, un vendedor de máquinas de coser que había saltado de esta
habitación en octubre de 1910. A la izquierda de O´Malley estaban los otros que habían muerto aquí,
todos con esa misma expresión vacía y shockeada. Parecían todos conectados entre sí, todos
miembros de la misma congénita y catastrófica familia retardada.
En la pintura donde había estado el fruto, ahora había una cabeza humana. Una luz amarilloanaranjada
flotaba de las mejillas hundidas, los débiles labios, los vidriosos ojos vueltos hacia arriba,
el cigarrillo detrás de la oreja derecha.
Mike se dirigió torpemente hacia la puerta, sus pies golpeándose y ahora, en realidad, parecían
quedarse pegados un poco a cada paso. La puerta no se quería abrir, por supuesto. La cadena colgaba
libre, el pestillo estaba derecho como las agujas del reloj marcando las seis en punto, pero la puerta
no se quería abrir.
Respirando rápidamente, Mike giró y avanzó con dificultad - así era como le parecía - a través de la
habitación hacia el escritorio. Podía ver las cortinas de al lado de la ventana que había corrido a un
lado, pero él no sentía ningún aire fresco contra su cara. Era como si la habitación lo estuviera
tragando. Todavía oía los sonidos sobre la avenida, pero ahora eran muy distantes. ¿Oía todavía el
saxo? Si así fuera, la habitación le había robado su dulzura y su melodía y había dejado sólo un
zumbido chillón y atonal, como el soplido de viento a través de un agujero del cuello de un hombre
muerto o crujido de una botella llena de dedos o...
Basta, intentó decir, pero no pudo hablar. Su corazón estaba latiendo a un paso terrible; si latiera un
poco más rápido, podría explotar. Su grabador, aquel compañero fiel de muchas "expediciones" no
estaba en su mano. Lo había dejado en alguna parte. ¿En el dormitorio? Si fue en el dormitorio,
probablemente ya habría desaparecido, tragado por la habitación; cuando fuera digerido, sería
excretado en alguno de los cuadros.
Jadeando como un corredor acercándose al final de una larga carrera, Mike puso una mano en su
pecho, como para calmar su corazón. Lo que sintió en el bolsillo izquierdo de su llamativa camisa fue
la pequeña forma del grabador. Tocarlo así, tan sólido y conocido, le ayudó un poco... volvió un poco
a ser el mismo. Estaba consciente de que estaba gimiendo… y que la habitación también parecía estar
gimiendo, como si un sinnúmero de bocas estuviera escondido debajo de su suave y asqueroso
empapelado. Se daba cuenta que su estómago estaba ahora tan revuelto que parecía estar oscilando
en una hamaca grasosa. Podía sentir el aire agolpándose contra sus oídos en suaves y coagulados
grumos, y esto le hizo pensar cuán embustero fue cuando alcanzó la etapa del soft-ball.
Pero volvía a ser el mismo de antes, aunque sea un poco, lo bastante como para saber una cosa: tenía
que pedir ayuda mientras todavía hubiera tiempo. Pensar en Olin sonriendo con presunción (en esa
forma condescendiente de gerente de hotel de Nueva York) y diciendo Se lo dije no le molestaba, y la
idea de que Olin había inducido estas percepciones extrañas y un miedo horrible a través de medios
químicos había abandonado su mente. Era la habitación. Era la maldita habitación.
Intento extender una mano hacia el viejo teléfono - igual al que estaba en el dormitorio – y agarrarlo
rápidamente. En cambio vio su brazo ir hacia la mesa en una especie de delirante cámara lenta, como
si fuese el brazo de un buzo, casi esperaba ver burbujas ascendiendo del brazo.
Cerró sus dedos alrededor del auricular y lo levantó. Su otra mano descendió, con tanta lentitud como
la otra, y marcó 0. Mientras apoyaba el auricular contra su oído, escuchó una serie de clics mientras
el dial volvía a su posición original. Sonó como la rueda en Wheel of Fortune, ¿desea hacer girar o
desea resolver el acertijo?
Recuerde que si trata de resolver el acertijo y fracasa, será colocado en la nieve al lado de la carretera
de Connecticut y los lobos le comerán.
No escuchaba ningún tono. En cambio, una voz brutal simplemente empezó a hablar. "Esto es nueve!
Nueve! Esto es nueve! Nueve! Esto es diez! Diez! Hemos matado a tus amigos! Cada amigo ahora
está muerto! Esto es seis! Seis!"
Mike escuchó con creciente horror, no lo que la voz estaba diciendo sino su áspera vacuidad. No era
una voz generada por una máquina, pero tampoco era una voz humana. Era la voz de la habitación.
La presencia derramándose fuera de las paredes y el piso, la presencia que le hablaba por el teléfono,
no tenía nada que ver con cualquier evento paranormal sobre el que él alguna vez hubiese leído.
Había algo ajeno a éste mundo aquí.
No, no todavía…pero venía. Está hambriento, y tú eres la cena.
El auricular cayó de sus flojos dedos y Mike se dio vuelta. Este se balanceó al final del cable en la
forma en que su estómago se estaba balanceando dentro de él, y aún podía escuchar la áspera voz
desde el teléfono: "Dieciocho! Esto es dieciocho! Cúbrete cuando suene la sirena! Esto es cuatro!
Cuatro!"
No se dio cuenta de tomar el cigarrillo de detrás de su oreja y de ponerlo en su boca, o de buscar
torpemente la caja de fósforos, con el viejo portero con su anticuado uniforme, sacándola del bolsillo
derecho de su brillante camisa, sin darse cuenta que, después de nueve años, tenía finalmente la
intención de fumar un cigarrillo.
Detrás de él, la habitación había comenzado a derretirse.
Se estaban aflojando sus ángulos derechos y sus líneas rectas, no en curvas sino en extraños arcos
Árabes que dañaban sus ojos. La araña de cristal en el centro del techo comenzó a combarse como
una espesa gota de un escupitajo. Los cuadros comenzaron a doblarse, convirtiéndose en formas
parecidas a parabrisas de viejos automóviles. Por detrás del cristal de la pintura que estaba al lado de
la puerta que iba al dormitorio, la mujer de los ´20 con la sangre en sus pezones y sonriendo con sus
dientes caníbales giró rápidamente y bajó corriendo las escaleras, bajando con un delirante golpeteo
de vampiresa en una película muda. El teléfono continuó triturando y profiriendo, la voz que se
escuchaba era ahora la voz de una cortadora de pelo eléctrico que había aprendido cómo hablar:
"Cinco! Esto es cinco! Ignora la sirena! Aunque abandones esta habitación, nunca podrás
abandonarla! Ocho! Esto es ocho!"
La puerta del dormitorio y la puerta del vestíbulo habían comenzado a derrumbarse, ensanchándose
en el centro, convirtiéndose en entradas para poseídos de formas diabólicas. La luz comenzó a ser
más brillante y calurosa, llenando la habitación con ese resplandor amarillo-anaranjado. Ahora podía
ver rasgones en el empapelado, poros negros que rápidamente se convertían en bocas. El piso se
hundía en un arco cóncavo y ahora lo oía venir, el morador de la habitación detrás de la habitación, la
cosa en las paredes, el dueño de la voz zumbadora. "Seis!" El teléfono gritó. "Seis, esto es seis, esto
es un puto maldito SEIS!"
Bajó la vista hacia la caja de fósforos en su mano, la que había sacado de dentro del cenicero del
dormitorio. Viejo cómico portero, viejos cómicos automóviles con sus grandes parrillas de cromo…
y una frase que estaba al fondo, que no había visto en mucho tiempo, porque ahora la tira para
encender los fósforos estaba en la parte posterior.
CIERRE LA CUBIERTA ANTES DE ENCENDER.
Sin pensar en ello - ya no podía pensar en nada - Mike Enslin arrancó un solo fósforo, al mismo
tiempo que dejaba caer el cigarrillo de su boca. Golpeó el fósforo e inmediatamente encendió los
otros en la caja. Hubo un ffffhut!, un fuerte olor a sulfuro que se metió en su cabeza como un soplo de
sales aromáticas, y una llamarada brillante de los fósforos. Y de nuevo, sin siquiera pensarlo, Mike
acercó el rutilante ramillete de fuego hacia el frente de su camisa. Era una cosa barata hecha en Corea
o Camboya o Borneo, vieja ahora; que prendió fuego al instante. Antes de que las llamas ardieran
delante de sus ojos, tornando la habitación más inestable, Mike vio todo claramente, como un hombre
que hubiera despertado de una pesadilla, sólo para encontrar la pesadilla por todo su alrededor.
Su cabeza estaba despejada - el fuerte soplo de azufre y el ascenso repentino del calor de su camisa lo
habían hecho - pero la habitación mantenía su aspecto demencialmente árabe. No, Arabe no, ni
siquiera se acercaba, pero era la única palabra que parecía describir lo que había sucedido aquí… lo
que todavía estaba sucediendo.
Estaba en una cueva podrida y fundida, llena de súbitos descensos e insanos declives. La puerta del
dormitorio se convirtió en una puerta que daba a cierta cámara interior sepulcral.
Y a su izquierda, donde había estado la pintura del fruto, la pared se abultaba hacia fuera, hacia él,
resquebrajándose en esas bocas, abriéndose a un mundo del que algo estaba, ahora, acercándose.
Mike Enslin pudo oír su baboseo, el aliento ávido, y olió algo vivo y peligroso. Olía un poco como la
casa del león en el...
Entonces las llamas chamuscaron su barbilla, desterrando ese pensamiento. El calor que se elevaba
de su llameante camisa lo volvió a la realidad, y mientras comenzaba a oler el aroma del pelo de su
pecho quemado, Mike huyó a través de la hundida alfombra hacia la puerta del vestíbulo. Un
zumbido de insecto había comenzado a salir de las paredes. La luz amarilla-anaranjada estaba
brillando firmemente, como si una mano estuviera encendiendo un reóstato invisible. Pero esta vez
cuando alcanzó la puerta y giró el picaporte, la puerta se abrió. Era como si la cosa detrás de la
hinchada pared detestara un hombre ardiendo; no le apetecía, tal vez, la carne cocida.
III
Una popular canción de la década de los cincuenta sugiere que el amor hace que el mundo siga
girando, pero la casualidad probablemente sea una mejor apuesta. Rufus Dearborn, que esa noche
estaba ocupando la habitación 1414, cerca de los elevadores, era un vendedor para la Singer Sewing
Machine Company, proveniente de Texas, que estaba en la ciudad para conversar sobre un ascenso a
una posición ejecutiva. Y así es como sucedió que, más o menos noventa años después de que el
primer ocupante de la habitación 1408 saltase hacia su muerte, otro vendedor de máquinas de coser
salvaba la vida del hombre que había venido a escribir sobre la presunta habitación embrujada. O a lo
mejor, decir eso es una exageración; Mike Enslin podría haber sobrevivido aún si nadie -
especialmente un tipo que estaba volviendo de visitar la máquina de hielo - hubiera estado en el
vestíbulo en ese momento. Sin embargo, tener tu camisa encendida no es ningún chiste y, por
supuesto, se podría haber quemado más si no fuera por Dearborn, que pensó rápido y se movió aún
más rápido.
No es que Dearborn recordara exactamente lo que pasó. Inventó una historia lo bastante coherente
para los periódicos y las cámaras de TV (le gustaba la idea de ser un héroe, y ello desde luego, no le
haría ningún daño a sus aspiraciones ejecutivas), y él claramente recordaba ver al hombre ardiendo
lanzándose hacia el vestíbulo, pero después de eso, todo era un borrón. Pensar en ello era como
intentar reconstruir las cosas que haz hecho durante una pésima y profunda borrachera.
De una cosa él estaba seguro, pero no dijo nada a los reporteros, porque no tenía ningún sentido: el
grito del hombre ardiendo parecía crecer en volumen, como si fuera un estéreo al que le estuvieran
subiendo el volumen. Estaba justo enfrente de Dearborn, y el tono del grito nunca cambió, pero el
volumen, con toda seguridad, sí lo hizo. Era como si el hombre fuera cierto objeto increíblemente
fuerte que estuviera viniendo hacia aquí.
Dearborn corrió hacia el vestíbulo con el cubo de hielo en su mano. El hombre ardiendo - "sólo era
su camisa la que ardía, lo vi desde lejos," dijo a los reporteros - golpeó la puerta frente a la habitación
de la cual acababa de salir, rebotó, tambaleó, y cayó de rodillas. En ese momento Dearbon llegó hasta
él. Puso su pié contra el hombro ardiendo, de la camisa estridente, y lo empujó sobre la alfombra del
vestíbulo. Entonces vació el contenido del cubo de hielo sobre él.
Estas cosas estaban borrosas en su memoria, pero accesibles. Era consciente de que la camisa
ardiente parecía estar arrojando demasiada luz - una sofocante luz amarillo-anaranjada que le hizo
recordar a un viaje que habían hecho su hermano y él a Australia dos años antes. Habían alquilado
un todo-terreno y cruzado el Gran Desierto Australiano (los hermanos Dearborn descubrieron que los
nativos lo llamaban el Infimo Desierto Australiano), un viaje de la puta madre, grandioso, pero
inquietante. Especialmente la gran roca en el centro, Ayers Rock. La habían alcanzado justo para la
puesta del sol y la luz en la cara de este hombre era como esa... caliente y extraña... no realmente
como te imaginas una luz terrenal...
Cayó al lado del hombre ardiente que en ese momento era solo el hombre humeante, el hombrecubierto-
de-cubos-de-hielo, y lo hizo girar para sofocar las llamas extendidas alrededor de la parte
posterior de su camisa. Cuando lo hizo, vio que la piel a la izquierda del cuello del hombre se había
tornado de un humeante y burbujeante rojo, y el lóbulo de su oído en ese lado se había fundido, pero
de otra manera…de otra manera…
Dearborn levantó la vista, y le pareció... esto era loco, pero le parecía que la puerta de la habitación
de la cual el hombre había salido estaba llena de una ardiente luz de atardecer australiano, la
abrasadora luz de un lugar vacío donde cosas que nadie ha visto jamás pudieran vivir. Era terrible,
esa luz (y el zumbido, como el de una cortadora eléctrica que estuviera procurando desesperadamente
hablar), pero, era fascinante, también. Quería ir hacia ella. Quería ver lo que había detrás de ella.
Tal vez Mike salvó la vida de Dearborn, también. Era perfectamente consciente de que Dearborn se
estaba levantando - como si Mike no tuviera ningún interés para él - y que su cara estaba llena de esa
llameante y palpitante luz que venía de la 1408. Recordaba esto mejor de lo que Dearborn recordaría
más tarde, pero por supuesto Rufe Dearborn no había sido reducido a incendiarse a sí mismo a fin de
sobrevivir.
Mike agarró los pantalones de Dearborn. "No vaya allí dentro" dijo en una voz cuarteada, humeante.
"No saldrá nunca."
Dearborn se detuvo, mirando hacia abajo a la cara roja y ampollada del hombre sobre la alfombra.
"Está embrujada" Mike dijo, y como si las palabras hubieran sido un talismán, la puerta de la
habitación 1408 se cerró furiosa, cortando la luz, cortando el terrible zumbido que era casi como
palabras.
Rufus Dearborn, un excelente vendedor de Singer Sewing Machine, corrió hasta los elevadores y
accionó la alarma contra incendios.
IV
Hay una interesante pintura de Mike Enslin en Treating the Burn Victim: A Diagnostic Approach3, la
decimosexta edición que apareció cerca de dieciséis meses después de la corta permanencia de Mike
en la habitación 1408 del Hotel Dolphin. La foto muestra sólo su torso, pero es Mike, es verdad. Uno
lo puede ver por el cuadrado blanco en el lado izquierdo de su pecho. La carne que lo rodea es de un
color rojo enfurecido, con algunas quemaduras de segundo grado en ciertos lugares, en realidad. El
cuadrado blanco es la marca del bolsillo izquierdo del pecho de la camisa que él usó esa noche, la
camisa de la suerte con su grabador en el bolsillo.
3 Tratando al Quemado: El Método del Diagnóstico, o bien podría ser: Tratando a la Víctima de Quemaduras: Un
Diagnóstico Aproximado
El propio grabador se derritió en las esquinas, pero todavía funciona, y la cinta estaba en buenas
condiciones. Son las cosas que estaban grabadas las que no estaban bien. Después de escucharla tres
o cuatro veces, el agente de Mike, Sam Farrell, la puso en su caja fuerte, negándose a reconocer la
carne de gallina que había sobre sus curtidos y flacuchos brazos. Desde entonces, la cinta se ha
quedado en esa caja fuerte. Farrell no tiene ninguna urgencia de sacarla y escucharla de nuevo, no
para sí mismo, ni para sus curiosos amigos, algunos de los cuales matarían solo por escucharla; la
comunidad de editores de Nueva York es pequeña, y los rumores se expanden.
No le gusta la voz de Mike en la cinta, no le gustan las cosas que esa voz está diciendo (mi hermano
fue atacado por lobos un invierno en la carretera de Connecticut…en el nombre de Dios, que se
supone que sea eso?), y por sobre todo, no le gustan los sonidos que se escuchan en el fondo, un tipo
de líquido que a veces suena como ropas agitándose dentro de una lavadora sobrecargada de espuma,
a veces como una de ésas viejas cortadoras de pelo eléctricas… y a veces, sobrenaturalmente, como
una voz.
Mientras Mike estuvo en el hospital, un hombre de nombre Olin - el gerente del maldito hotel, si no
les molesta - vino y preguntó a Sam Farrell si podía escuchar esa cinta. Farrell dijo que no, que no
podía; lo que Olin podía hacer era irse de las oficinas del agente los mas rápido posible y agradecer a
Dios durante todo el camino a ese hotel de mala muerte donde él trabajaba, que Mike Enslin no haya
decidido demandar al hotel o a Olin por negligencia.
"Intenté persuadirlo de que no vaya" Olin dijo quedamente. Un hombre acostumbrado, la mayor parte
de sus días laborables, a escuchar a viajeros cansados y a putos huéspedes malhumorados quejarse
desde cualquier cosa en sus habitaciones hasta de la selección de revistas del puesto de periódicos, no
se había perturbado mucho por la ira de Farrell. "Intenté todo lo que estaba a mi alcance. Si alguien
fue negligente esa noche, Sr. Farrell, fue su cliente. No creía en nada. Un comportamiento muy
imprudente. Un comportamiento muy peligroso. Supongo que debió cambiar en algún grado su
forma de ser."
A pesar de la aversión de Farrell para con la cinta, le gustaría que Mike pudiera escucharla,
reconocerla, tal vez hasta usarla como plataforma para un nuevo libro. Había un libro sobre lo que le
sucedió a Mike, Farrell lo sabía... no sólo un capítulo, o una historia de cuarenta páginas, sino un
libro entero. Uno que pudiera vender más que los tres libros Diez Noches combinados. Y por
supuesto que no creía la afirmación de Mike de que ha terminado no sólo con los libros de fantasmas
sino con cualquier tipo de escritura. Los escritores dicen eso cada tanto, eso es todo. Una ocasional
explosión que los escritores hacen de tanto en tanto.
En cuanto a Mike Enslin, tuvo suerte, considerándolo bien. Y él lo sabe. Se podría haber quemado
bastante más de lo que en realidad se quemó; si no fuera por el Sr. Dearborn y su cubo de hielo,
podría haber sufrido veinte o treinta operaciones de injerto de piel diferentes en lugar de las cuatro
que tuvo. Su cuello tiene cicatrices en el lado izquierdo a pesar de los injertos, pero los médicos del
Instituto para Quemados de Boston, le dijeron que las cicatrices se irían por sí solas. Sabía, también,
que las quemaduras, dolorosas como fueron durante las semanas y meses después de esa noche,
fueron inevitables. Si no hubiera sido por los fósforos con la leyenda CIERRE LA CUBIERTA
ANTES DE ENCENDER escrita en el frente, él habría muerto en la 1408, y su fin hubiera sido
inexpresable. Para un médico podría haber sido un golpe o un ataque al corazón, pero la causa real de
su muerte habría sido mucho más repulsiva.
Mucho más repulsiva.
También, tuvo suerte en haber publicado tres libros populares acerca de fantasmas y embrujos antes
de haberse encontrado con un lugar que realmente estaba embrujado - eso también lo sabía. Sam
Farrell podría no creer que la vida de Mike como escritor estuviera acabada, pero no era necesario
que Sam lo creyera; Mike lo sabía por ambos. No podía ni escribir una postal sin sentir frío por toda
su piel y sentir náuseas en lo profundo de su estómago. A veces el solo hecho de mirar una lapicera
(o un grabador) le hacia pensar: Las pinturas estaban torcidas. Intenté enderezar las pinturas. No
sabía lo que eso significaba. No podía recordar las pinturas o cualquier otra cosa de la habitación
1408, y se alegraba por ello. Era una bendición. Su presión sanguínea no es tan buena en estos días
(su médico le dijo que los quemados a menudo desarrollan problemas con su presión sanguínea y se
los ponía bajo tratamiento), sus ojos le molestaban (su oftalmólogo le dijo que empezara a ponerse
Ocuvites), tiene problemas de espalda, su próstata se volvió demasiado grande…pero puede vivir con
estas cosas.
Sabe que no es la primer persona en escapar de la 1408 sin realmente escapar - Olin intentó decírselo
- pero no está del todo mal. Al menos no recuerda nada. A veces tiene pesadillas, bastante a menudo,
en realidad (casi cada maldita noche, de hecho), pero raramente las recuerda cuando se despierta.
Percibía que las cosas se redondeaban en las esquinas, principalmente... fundiéndose como se
fundieron los bordes de su grabador. En estos días, vive en Long Island, y cuando el tiempo está
bueno hace largas caminatas por la playa. Lo más cerca que alguna vez estuvo de decir lo que
recordaba sobre esos setenta extraños (muy extraños) minutos en la 1408 fue durante uno de esos
paseos. "Nunca fue humano," dijo a las olas con una ahogada y vacilante voz. "Los fantasmas…al
menos los fantasmas alguna vez fueron humanos. La cosa en la pared, sin embargo… esa cosa…"
Con el tiempo quizás mejore, él puede y espera hacerlo. El tiempo puede hacer desaparecerlo, como
desaparecerán las cicatrices en su cuello. Entretanto, sin embargo, duerme con las luces encendidas
en su dormitorio, así sabrá al instante donde está, cuando se despierte de las pesadillas. Ha sacado
todos los teléfonos de su casa; en cierto punto, justo debajo de ese lugar donde su mente consciente
parece capaz de llegar, tiene miedo de levantar el teléfono y escuchar ese zumbido, esa voz
inhumana: "Esto es nueve! Nueve! Hemos matado a sus amigos! Cada amigo ahora está muerto!"
Y cuando el sol baja en las claras tardes, él cierra cada persiana y cada cortina y toldo de la casa. Se
sienta como un hombre en un cuarto oscuro hasta que su reloj le dice que la luz - hasta el último
resplandor a lo largo del horizonte - ha desaparecido.
No puede aguantar la luz de las puestas de sol.
El amarillo-anaranjado, como la luz en el desierto australiano.